Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Iácara Santos Barbosa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-18072011-105721/
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Resumo: |
O câncer de colo de útero (CCU) constitui um sério problema de saúde pública nos países em desenvolvimento, devido às altas taxas de prevalência e mortalidade, principalmente entre as mulheres de nível socioeconômico baixo e em fase produtiva de suas vidas. Representa a quarta causa de morte, por câncer, no sexo feminino, em nosso país, onde cerca de 70% dos casos desse câncer são diagnosticados em fase avançada. Isto ocorre devido ao fato de uma grande parte das mulheres brasileiras não se submeterem regularmente ao exame preventivo de Papanicolaou, um método aceito pela população e comunidade científica, seguro, de fácil execução, não invasivo e de baixo custo. Em Passos-MG, a cobertura desse exame está abaixo do preconizado pelo Ministério da Saúde (MS). Nesse sentido, este estudo descritivo e exploratório, com abordagem quantitativa, teve como objetivo identificar e analisar as ações implementadas pelas 17 equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF) do município, para a prevenção e detecção precoce do CCU. Foram entrevistados 73 trabalhadores, sendo 11 médicos, 12 enfermeiros, 16 técnicos de enfermagem e 34 agentes comunitários de Saúde (ACS), que se mostraram empenhados em favorecer a prevenção, promoção e diagnóstico precoce do CCU e entendem que o controle desse depende, essencialmente, de ações desenvolvidas por eles. Deixaram evidente a necessidade de complementação das ações e atividades que já são realizadas junto às mulheres, uma vez que essas ações acontecem, mas de forma pouco sistemática e sem uma rotina adequada. Deficiências da infra-estrutura oferecida e a inserção inadequada dos profissionais no serviço de saúde, alguns sem vínculo empregatício, assim como a fragilidade ou inexistência, ou ainda a má divulgação de práticas de educação em saúde fazem com que a assistência seja comprometida. Por outro lado, evidenciou-se o despertar dos profissionais para essa prática e para sua efetivação é preciso adequação das equipes de saúde da família, tendo como foco o aperfeiçoamento dos profissionais e incentivos, possibilitando o conhecimento teórico, prático e as atualizações necessárias, pois o êxito de ações para prevenção desse câncer depende da reorganização da assistência à saúde nos serviços, visando a qualidade e continuidade das ações integrais para as mulheres. Alianças e parcerias, com escolas, indústrias entre outros, assim como a existência de um protocolo de atendimento poderão direcionar as ações, apoiar decisões e nortear a organização do processo de trabalho. É importante o envolvimento de todos os profissionais que compõem a ESF como conhecedores da epidemiologia, dos fatores de risco, dos sinais e sintomas e dos instrumentos existentes para a prevenção do referido câncer. É preciso, ainda, que haja uma real preocupação com a gravidade dessa doença, por parte dos profissionais e de todos os responsáveis nos níveis federal, estadual e municipal, de forma a garantir o acesso aos serviços de saúde, uma assistência de qualidade proporcionada por profissionais qualificados, dentro de uma infra-estrutura adequada. |