Diários de Maria Isabel Silveira (1880-1965): vestígio e inscrição de uma voz comedida

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Mendes, Mariana Diniz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8149/tde-14022022-215336/
Resumo: A dissertação aborda a gênese dos diários de Maria Isabel Silveira (1880-1965), autora de Isabel quis Valdomiro (1962), casada com o escritor e político Valdomiro Silveira (1873-1941), cujo acervo pessoal foi doado ao Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo (IEB-USP), em 2006. Em meio aos documentos do arquivo, atualmente sob a guarda da instituição, destaca-se o conjunto de 62 cadernos que pertenceram a Maria Isabel, entre os quais 44 volumes (1925-1965) que acolheram a sua escrita diarística, como registro do cotidiano de sua família, especialmente de seus filhos e, posteriormente, de seu dia a dia, considerando suas leituras literárias. O trabalho focaliza os diários, colocando em pauta a questão da escrita feminina e o memorialismo de mulheres. Maria Isabel Silveira, com rigor e disciplina, escreveu sobre si e, consequentemente, sobre sua época. A transcrição fidedigna e a análise do primeiro diário, correspondente a 1925, iluminam a posição social, a ideologia dominante e os papeis esperados de uma mulher de sua classe social - a burguesia que emerge na virada do século XIX para o XX, em cidades como São Paulo e Santos, marcadas pela crescente urbanização e pelos novos hábitos de consumo.