Tradução e adaptação do Lindamood Auditory Conceptualization Test - 3rd edition: um estudo em crianças com e sem transtorno fonológico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Pulga, Marina Jorge
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5170/tde-24022016-152025/
Resumo: INTRODUÇÃO: Atualmente há poucos testes de habilidades metafonológicas normatizados e padronizados para os falantes do Português-Brasileiro (PB). Desta forma a tradução e a adaptação de testes internacionais se tornaram um recurso valioso para os pesquisadores brasileiros. OBJETIVO: O presente estudo teve como objetivos traduzir e adaptar o protocolo e o manual do Lindamood Auditory Conceptualization Test - 3rd edition (LAC 3) do Inglês-Americano (IA) para o PB, respeitando as equivalências transculturais (Estudo 1), assim como realizar a aplicação da versão final do LAC 3 traduzido e adaptado em um estudo piloto com crianças falantes do PB (Estudo 2). MÉTODO: Para o Estudo 1 foi realizado um levantamento das características dos estímulos do LAC 3 quanto às estruturas silábicas utilizadas, aos tipos de fonemas que compõem as estruturas silábicas, e, aos tipos de atividades de manipulação solicitadas para os itens do teste. Desta forma, os estímulos foram traduzidos de acordo com o levantamento, e apenas o manual de aplicação do LAC 3 foi traduzido de forma direta do IA para o PB. A tradução dos estímulos foi avaliada por dois juízes experientes, e assim, adaptados em uma versão final do teste para o PB (LAC 3 - Adaptado). A avaliação da confiabilidade dos estímulos foi realizada com a consistência interna de Kuder-Richardson 20 (KR20). Para tal, foram analisados os itens de cada categoria (I-a, I-b, II, III e IV, exceto a Categoria V) da aplicação no grupo controle (GC), com 33 crianças sem alterações de fala e linguagem. Os coeficientes KR20 maiores que 0,7 foram considerados aceitáveis. Para o Estudo 2, o LAC 3 - Adaptado foi aplicado em um estudo piloto com 66 crianças, sendo 33 do GC e 33 do grupo pesquisa (GP), composto por crianças com TF. Comparações entre GC e GP foram feitas quanto aos três tipos de pontuação do teste, assim como, os valores de referência para a pontuação padrão do LAC 3 - Adaptado foram calculados por meio de percentis. As crianças do GP aprovadas e reprovadas na sondagem do LAC 3 - Adaptado foram comparadas com provas que avaliam a fonologia. RESULTADOS: No Estudo 1, o levantamento dos estímulos foi minucioso e respeitou as equivalências entre as culturas. A avaliação dos juízes determinou modificações que resultaram na versão final do LAC 3 - Adaptado. O KR20 da Categoria I-a (0,68) foi muito próximo do aceitável, podendo ser melhorado se um dentre três itens fosse excluído (0,74). O KR20 da Categoria I-b (0,78) foi aceitável, mas pode ser melhorado se um item for excluído (0,85). E já os KR20 das categorias II (0,97), III (0,97) e IV (0,96) foram altos e podem ser considerados aceitáveis. No Estudo 2, a pontuação bruta das categorias I-a, I-b e III diferenciaram os grupos, uma vez que as crianças do GP apresentaram pior desempenho. Com os novos valores de referências para a pontuação padrão do LAC 3 - Adaptado, as crianças falantes do PB podem ser classificadas qualitativamente de forma a refletir um desempenho real no teste. As crianças mais novas com TF foram as com maior dificuldade na sondagem e na prova de aliteração diferente. CONCLUSÃO: No Estudo 1, o levantamento dos estímulos originais do LAC 3 e a avaliação dos juízes foram efetivos, sendo que a tradução inicial e adaptação dos estímulos foram concretizados de maneira apropriada para o PB, e as equivalências foram mantidas com o idioma do teste. A análise da consistência interna dos itens confirmou a confiabilidade da tradução e adaptação dos estímulos do LAC 3. No Estudo 2, foi demonstrado diferenças significativas entre as crianças com e sem TF, sendo que as crianças reprovadas na sondagem tem TF, são mais novas e mostraram dificuldade na prova de aliteração diferente. Os novos valores de referências (percentil) para a classificação qualitativa da pontuação padrão do LAC 3 - Adaptado são mais eficazes para classificar as crianças falantes do PB