Pirandello e a experência com a modernidade: Uno, nessuno e centomila

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Ridolfi, Rafael
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Uno
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8148/tde-21082012-122753/
Resumo: O objetivo principal da presente pesquisa é analisar o livro Uno, nessuno e centomila, de Luigi Pirandello, como um romance-manifesto constituído por um narrador-personagem imerso na experiência da modernidade. Vitangelo Moscarda é um sujeito que vive acomodado na sua condição, até o dia em que a mulher lhe aponta um defeito presente em seu rosto: o nariz cai para direita. Tal desarmonia física sugere também o desacordo presente no universo, no qual o próprio corpo é visto como algo que não condiz com a realidade assim como Moscarda acreditava. O estranhamento do próprio aspecto físico desencadeia processos de dissolução persistentes, com a completa subversão da ordem ontológica. Moscarda estabelece uma espécie de teoria com ênfase nas relações humanas e coloca em prática a destruição de suas próprias personae, que emergem a partir de suas relações sociais. Nessa negação das diversas imagens por ele suscitadas no outro, podemos ler os conflitos e as crises de Moscarda como resultados da experiência da modernidade e seu respectivo ambiente controlado pelo capital, pela vulgaridade e pelo interesse que move as relações pessoais.