Avaliação dos efeitos do losartan na doença periodontal induzida experimentalmente em ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Souza, Gabriela Pereira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25149/tde-26082019-172556/
Resumo: A doença periodontal (DP) compreende um grupo de lesões que afeta os tecidos periodontais de proteção e de suporte e pode acarretar na perda dentária. Interações entre patógenos microbianos e vários sistemas desempenham um papel crítico no desenvolvimento e progressão da DP via liberação de vários mediadores inflamatórios e imunológicos. Experimentos recentes de nosso grupo de pesquisa mostraram que existe a expressão de RNAm para todos os componentes do Sistema Renina-Angiotensina (SRA), presença da renina e atividade da Enzima Conversora de Angiotensina (ECA) em tecido gengival de ratos e que o losartan inibe a perda óssea no modelo de DP induzida experimentalmente em ratos. Portanto, o presente trabalho propõe-se a investigar os mecanismos pelos quais o losartan (antagonista do receptor AT1) possui efeitos anti-inflamatórios no modelo da DP induzida experimentalmente em ratos. Para tanto, foi utilizado o modelo de indução da DP por colocação de ligadura ao redor do primeiro molar inferior de ratos divididos em treze grupos com 15 animais cada, que foram tratados com losartan (50 mg/kg/dia) via gavage. As técnicas utilizadas neste trabalho foram: indução da DP em ratos, a análise tomográfica da perda óssea alveolar (MicroCT), análise 2D com uso de software específico (ImageJ), RT-PCR e análise histológica do tecido periodontal. Após a coleta, os dados foram devidamente analisados por meio de gráficos e tabelas, sendo utilizado ANOVA, seguida de um pós-teste para determinar a significância da diferença entre os grupos dentro de um mesmo ensaio. Foi adotado nível de significância de 5%. O losartan foi capaz de atuar no aumento da expressão de enzimas, citocinas, quimiocinas e receptores, tais como: AT2, MAS, AT1a, AT1b, AGT, OPG, ALP, PHEX, RUNX2, BGLAP, IL-18, IL-21 e MMPs. Além disso, promoveu a diminuição de citocinas pró-inflamatórias como IL-6, IL-10 e INF, indicando assim seu papel anti-inflamatório, dados observados na análise molecular do tecido gengival e ósseo. Macroscopicamente foi confirmado que o tratamento com losartan foi capaz de atenuar a perda óssea. Os achados histológicos corroboram com as análises de MicroCT e RT-PCR. Concluiu-se então que o losartan possui efeito protetor na preservação do periodonto em animais submetidos à DP devido à diminuição de moléculas envolvidas na inflamação.