Avaliação do manejo alimentar e ambiental de gatos obesos e não obesos: identificação dos fatores de risco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Gomes, Ísis Danielle Silveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10136/tde-17052017-160927/
Resumo: Obesidade na clínica de felinos é um problema frequente e tornou-se motivo de grande preocupação para a medicina veterinária. A obesidade é definida como acúmulo excessivo de tecido corporal adiposo. O objetivo do presente estudo observacional prospectivo foi determinar os principais fatores de riscos relacionados ao excesso de peso em gatos com ênfase na interação tutor-gato. Para tanto, foram selecionados gatos, divididos em dois grupos, a saber: grupo dos gatos obesos (n=18) nesse grupo foram incluídos gatos com escore de condição corporal entre 8 e 9; grupo dos gatos não obesos (n=18) com escore de condição corporal 5. Foram excluídos do estudo os gatos que apresentaram outras comorbidades, além da obesidade. A pesquisa dos prováveis fatores de risco relacionados a obesidade foi realizada mediante a utilização de um questionário respondido por todos os tutores dos 36 gatos. Nenhuma das variáveis qualitativas estudadas nos aspectos demográficos dos gatos obesos e não obesos demonstrou significância, ou seja, não houve associação entre obesidade e o sexo, o status sexual, as raças e o tamanho do pelame. Assim como, nenhuma das variáveis qualitativas analisadas nos aspectos demográficos dos tutores de gatos obesos e não obesos demonstrou significância; Não houve relação entre obesidade e o sexo do tutor, ao estado civil, a profissão (inclusive os clínicos veterinários), a escolaridade e a renda média familiar dos tutores. Com relação aos aspectos antrozoológicos, contatou-se que ambos os grupos têm uma relação estreita de afeto com seus tutores, contudo a porcentagem do grau de afeto tende a ser maior no grupo obeso, apesar de não ter sido evidenciada diferença estatística. Sobre os aspectos ambientais, oito variáveis foram presumivelmente consideradas importantes na manutenção e no controle do peso dos gatos. Constatou-se que felinos do grupo não obeso costumam brincar sozinhos e com outros animais, enquanto que gatos obesos são menos interativos. Ainda, o enriquecimento ambiental, assim como o manejo alimentar com dieta úmida influenciaram na condição física desses gatos. Constatou-se que o número de felinos não obesos que recebe ração úmida é bem maior que o daqueles pacientes com excesso de peso. Finalmente, o escore de condição corporal atribuído pelos tutores de felinos com excesso de peso tende a ser subestimado quando comparado ao do profissional especializado. Os principais riscos ocasionados pelo excesso de peso identificados neste estudo foram o tipo de alimentação oferecido, principalmente dietas secas, e a inatividade física. Apesar de os aspectos antrozoológicos não demonstrarem valor estatístico, o grau de afeto tende a ser levemente superior quando se analisa valores percentuais.