Influência do bisel na resistência à fratura de dentes restaurados com resina composta

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Valera, Fabiano Bassalobre
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25131/tde-05032008-143223/
Resumo: Avaliou-se a resistência à fratura de dentes pré-molares, com e sem bisel no ângulo cavo-superficial, restaurados com resina composta. Noventa dentes prémolares superiores foram divididos em 9 grupos. O grupo 1, considerado controle positivo, constituiu-se de dentes hígidos. Os grupos de 2 a 9 receberam cavidades de Classe II MOD, com medidas padronizadas. Os grupos de 6 a 9, além das cavidades, tiveram os tetos das câmaras pulpares removidos. Para os grupos 2, 3, 6 e 7, o ângulo cavo-superficial apresentou-se nítido e sem bisel; grupos 4 e 8, bisel côncavo em toda cavidade; grupos 5 e 9, bisel apenas na porção oclusal da cavidade. Os dentes dos grupos 2 e 6 não foram restaurados, sendo considerados controle negativo. Para os demais grupos, procedeu-se a restauração das cavidades com sistema restaurador adesivo pela técnica direta. Todos os espécimes foram avaliados quanto a resistência à fratura, em uma maquina de teste universal (Emic - DL 2000), com célula de carga de 500Kgf, regulada a uma carga máxima de 450Kgf, com uma leitura mínima de 0,05Kgf de precisão. Os resultados foram submetidos à análise de variância a um critério e ao teste de Tukey para comparação entre os grupos. Constatou-se que houve diferença significante entre os grupos estudados, quando considerados os diferentes tratamentos do ângulo cavo-superficial (variável independente) e a resistência à fratura obtida (variável dependente) (p<0,05). A remoção de tecido dentário pela confecção de cavidades diminuiu a resistência à fratura do órgão dentário, sendo que em intervenções mais extensas, com a remoção de estrutura de reforço, como o teto da câmara pulpar, esta resistência se apresentou ainda menor. A confecção de bisel em todo o ângulo cavo-superficial, em cavidades de Classe II, proveu um aumento significante da resistência à fratura, quando comparado aos dentes que apresentaram o ângulo cavo-superficial nítido e sem bisel, tanto em dentes com ou sem remoção do teto da câmara pulpar. Além disso, dentes que apresentaram bisel em todo o ângulo cavo-superficial de cavidades de Classe II, tanto com ou sem intervenção endodôntica, mostraram os melhores padrões de fratura, preservando quase que em sua totalidade a integridade do remanescente dentário.