Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Neves, Marianne Bleker |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-21102020-165855/
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Resumo: |
Esta pesquisa tem por objetivo traçar as subjetividades que emergem do aparato político- jurídico educacional brasileiro, por meio de uma postura metodológica foucaultiana. Para isso, são mapeadas as Constituições brasileiras, as Leis de Diretrizes e Bases da Educação datadas de 1961, 1971 e 1996, os Parâmetros Curriculares Nacionais publicados em 2000 e a Base Nacional Comum Curricular, de 2017. Uma análise dos discursos sobre as subjetividades constantes deste último documento apontou para as forças vindas da sociedade civil, que atuou para a delimitação das finalidades da educação pública. A partir da constatação de tal acontecimento, apurou-se que a sociedade civil vinha atuando de forma consistente na elaboração de iniciativas sobre o ensino, especialmente desde os anos 2000, através de algumas de suas organizações sociais. A proeminência dessas organizações sugeriu uma ruptura no modo de funcionamento dos procedimentos de poder governamental, evidenciada especialmente após a publicação da Base Nacional Comum Curricular, fazendo com que a sociedade civil passasse a dividir, com o Estado, a gestão do ensino público no Brasil. Essa ruptura aconteceu simultaneamente à veiculação do discurso da educação integral, que compôs o núcleo enunciativo da subjetividade integral, ao promover a união e a renovação de enunciados entre as já tradicionais formações voltadas ao trabalho, ao exercício da cidadania e ao pleno desenvolvimento do educando. Através da teoria do desenvolvimento de competências e habilidades, a escola contemporânea se propõe a formar alunos conforme a subjetividade integral, modelando-os a partir de um padrão comportamental pautado nas ideias de completude e perfeição, para que desenvolvam, dentre outros comportamentos, a prosperidade, o empreendedorismo, a solidariedade, adaptabilidade, criatividade e resiliência. |