Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Felema, João |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-31052021-141417/
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Resumo: |
O Brasil passou por muitas transformações nos últimos 40 anos no setor agropecuário, em que se destacam os elevados ganhos de produtividade e participação do país no mercado internacional de commodities. No entanto, o crescimento da produtividade é um fenômeno complexo, que suscita questionamentos sobre as condições capacitadoras que o induziram. O presente trabalho parte da premissa de que dentre muitas condições que levaram o Brasil a apresentar altas taxas de crescimento da produtividade agropecuária, este processo também foi induzido pela dependência espacial entre regiões envolvidas com a produção agropecuária. Nesse sentido, este estudo contribui para literatura existente ao incluir interações espaciais na análise do crescimento das produtividades. O objetivo principal deste trabalho foi analisar a evolução espacial e temporal da produção agropecuária e das produtividades líquidas do trabalho e da terra na agropecuária brasileira e realizar uma nova decomposição espacial do crescimento da Produtividade Total dos Fatores (PTF) no Brasil, com componentes diretos (próprios) e indiretos (spillover), no contexto de uma análise de fronteira de produção espacial autorregressiva (SAR) para dados em painel, levando em consideração os períodos censitários de 1995/96, 2006 e 2017 do Instituto de Geografia e Estatística (IBGE).Os resultados obtidos mostraram que o valor da produção agropecuária cresceu 3,65% a.a. em todo o período censitário, e esse aumento acompanhou o crescimento da produtividade da terra e do trabalho que variaram 2,55% e 3,42% a.a. respectivamente, ainda que regionalmente de forma desigual. Observou-se que o aumento das produtividades disseminaram-se no espaço ao longo dos períodos censitários, sendo acompanhados pela intensificação no uso de insumos poupadores de terra (químicos e biológicos) e de trabalho (força mecânica), e que as Regiões Geográficas Imediatas (RGI) onde prevaleceu estas características tiveram na média melhores resultados. Os resultados obtidos mostram que o crescimento da PTF foi de 3,87% a.a. considerando o período todo. Foi constatado um maior crescimento da PTF no período mais recente, e isso está relacionando à disseminação espacial para as regiões antes pouco produtivas. A decomposição espacial mostrou que o maior componente responsável pelo crescimento da PTF no período de análise se deve a mudanças nos retornos à escala (SC), sendo acompanhado pelo progresso técnico (TC) e a eficiência técnica (EC). Conclui-se, portanto, que o crescimento da produtividade na agropecuária brasileira nas RGI guardou estreita relação com suas vizinhanças no curto e longo prazo. |