Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Alvarez, Ariane Dias |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/91/91131/tde-28082007-094458/
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Resumo: |
A predação de ninhos naturais vem sendo sugerida a principal causa do declínio de populações de aves, influenciando na estrutura e no funcionamento das comunidades. Devido à dificuldade de localização e monitoramento dos ninhos naturais, os ninhos artificiais são utilizados como uma rápida alternativa para avaliar o sucesso reprodutivo da avifauna. Os estudos com ninhos artificiais são amplamente difundidos em ambientes temperados e o que conhecemos sobre a predação de ninhos são provenientes destes ambientes. Nos trópicos, os estudos com ninhos artificiais ainda são escassos e no Brasil são quase inexistentes. O presente trabalho tem como objetivo suprir a carência de informações sobre as aplicabilidades e limitações do uso de ninhos artificiais e buscar por padrões de predação de ninhos em um ambiente tropical. O primeiro capítulo foi desenvolvido na Ilha Anchieta que apresenta uma alta densidade de mamíferos e répteis predadores de ninhos. Alguns aspectos metodológicos foram investigados referentes à localização dos ninhos artificiais e o comportamento seletivo dos predadores, por diferentes tipos de ovos utilizados, nos experimentos de predação. Os mamíferos foram os principais predadores de ninhos e os ovos sintéticos foram bons substitutos dos ovos das aves silvestres. No segundo capítulo foi analisada a variação na predação de dois tipos de ninhos artificiais (aéreo e solo) em diferentes ilhas, fragmentos e aéreas continuas. As ilhas apresentaram a maior predação de ninhos, especialmente naquelas que possuem espécies introduzidas, que os fragmentos e as áreas contínuas. Em relação ao tipo de ninho (aéreo e solo) verificamos que os ninhos no solo foram mais vulneráveis a predação nas ilhas e nas áreas contínuas. As ilhas e os fragmentos, apesar de estarem isolados geograficamente, não apresentaram um padrão semelhante na predação de ninhos no solo. Sugerimos que diferentes fatores podem influenciar nos padrões de predação das ilhas e dos fragmentos, como o histórico e a permeabilidade da matriz em que se insere o fragmento. O uso de ninhos artificiais, apesar da sua limitação, é uma ferramenta importante para a compreensão dos padrões de predação de ninhos na avifauna silvestre e pode auxiliar no diagnóstico do estado de conservação nesses ambientes. |