Efeito de um programa de treinamento auditivo em portadores de zumbido

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Tugumia, Daniele
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5162/tde-04022014-150331/
Resumo: Introdução: O zumbido pode ser definido como a percepção consciente de um som ou ruído, sem a presença de estimulação acústica externa. Levando em consideração o prejuízo causado pelo zumbido, a falta de tratamentos definitivos e eficientes para todos os casos de zumbido, além da dificuldade de uso da Tinnitus Retraining Therapy - TRT, por ser onerosa e longa, fica evidente a necessidade da proposição de alternativas para reabilitação de pessoas com este problema. Sendo assim, a hipótese deste estudo é que o uso do treinamento auditivo formal pode causar uma reorganização plástica no sistema auditivo dos portadores de zumbido, promovendo uma melhora do sintoma, em virtude do fortalecimento das sinapses da via auditiva, bem como da sincronia de disparo dos neurônios envolvidos no processamento auditivo. Esta modificação seria observada por meio da avaliação comportamental, eletrofisiológica e por meio do questionário THI - Tinnitus Handcap Inventory. Objetivo: O objetivo do referido estudo foi verificar o efeito de um programa de treinamento auditivo formal em portadores de zumbido na percepção deste sintoma. Método: Participaram do estudo 13 indivíduos portadores de zumbido divididos em dois grupos randomizados, sendo seis no Grupo Estudo (GE) e sete no Grupo Controle (GC). Todos os indivíduos realizaram os seguintes procedimentos: anamnese; audiometria tonal e vocal; imitanciometria; avaliação eletrofisiológica da audição; acufenometria; aplicação do THI; avaliação do processamento auditivo reduzida (GIN - Gaps In Noise, Teste de Padrão de Frequência e Fala com Ruído). Após a avaliação dos indivíduos foram iniciados os treinamentos de acordo com cada grupo. O GE foi submetido ao treinamento auditivo formal, realizado em cabina acústica, por aproximadamente 40 minutos, em oito sessões, uma vez por semana, cujas atividades enfocavam principalmente habilidades auditivas temporais e de atenção auditiva. O GC foi submetido a oito sessões de treinamento visual de 40 minutos cada, realizadas uma vez por semana, com atividades como palavras cruzadas, caça palavras, jogo dos 7 erros e Sudoku. Para a análise estatística foram utilizados o teste pareado de Wilcoxon, técnica de modelos de medidas repetidas e modelos lineares múltiplos, com nível de significância de 0,05. Resultados: Na caracterização dos grupos, não foram observadas diferenças estatisticamente significantes para as variáveis gênero, idade, pitch e loudness do zumbido, bem como para os limiares auditivos na audiometria convencional e altas frequências. Foi realizada a comparação entre os grupos, pré e pós terapia auditiva e visual, dos testes eletrofisiológicos, comportamentais e THI. A análise dos dados, utilizando um ajuste do modelo de medidas repetidas para cada variável, mostrou que não houve diferenças estatisticamente significantes entre os grupos, quando comparadas as condições pré e pós treinamento, para nenhuma das avaliações realizadas. Conclusão: O presente estudo teve o objetivo de verificar o efeito de um programa de treinamento auditivo em portadores de zumbido, na percepção deste sintoma. Nossos achados não mostraram diferenças estatisticamente significantes entre os instantes pré e pós treinamento auditivo ou treinamento placebo, bem como entre os grupos (GC e GE), tanto para os achados eletrofisiológicos, quanto para a avaliação comportamental do processamento auditivo e para o THI