O sentido dos sentidos: a significação da experiência da arquitetura

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Mello, Ricardo Bianca de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16136/tde-03072024-081046/
Resumo: Nesta tese, dedicada à dimensão comunicacional da arquitetura, explora-se a sua significação a partir da experiência direta e plurissensorial do ambiente construído. Ao longo de tal investigação entrecruzam-se abordagens e conceitos de semiótica e fenomenologia aplicados à teoria da arquitetura de maneira a evidenciar a centralidade do sentido na definição e prática da disciplina. Recorrentes na estruturação da tese, evocam-se três acepções da palavra sentido em português, frequentemente postas em diálogo com outras tríades da semiótica: sentido como modalidade sensorial, sentido como significado e sentido como orientação segundo a qual se efetua uma ação. Comum a estas três acepções do sentido identifica-se o ser humano distinto das demais espécies por sua dimensão simbólica. É a partir de tal dimensão que são também operadas diferentes dicotomias, igualmente estruturais à tese, tais como aquelas que opõem cheios a vazios e concreto a abstrato. O ser humano é posto também como fundamento das cinco categorias de experiência ao redor das quais organiza-se a maior parte das obras analisadas: presença, fruição, lugar, transcendência e ausência. Afim ao reiterado apelo a uma lógica triádica, recorda-se a tríade vitruviana de firmitas, utilitas e venustas e propõe-se absorver no sentido a categoria de venustas, doravante tomando-o como distintivo entre as definições de arquitetura e construção. Por meio de revisões teóricas, explorações históricas e análises de obras são deduzidos modelos, abordagens e estratégias que são reunidos sob a designação de uma retórica fenomenológica para a arquitetura. Tal proposta é aqui apresentada como uma alternativa instrumental a uma prática contemporânea que apontamos como massivamente submetida a uma cultura do espetáculo e excessivamente orientada às dimensões tectônica e utilitária da obra; prática esta, nascida das mudanças ocorridas na modernidade e questionada pela crítica pós-moderna dois períodos que são aqui apresentados e debatidos em larga extensão em suas dimensões históricas e teóricas.