Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Almeida, Isabel Junqueira de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5170/tde-28102020-172028/
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Resumo: |
Introdução: A síndrome corticobasal (SCB) é uma doença neurodegenerativa, rara, classificada entre as síndromes parkinsonianas atípicas. Apresenta sintomas motores e cognitivos. No que se refere à caracterização de fala e linguagem, parte das pesquisas aponta para alterações compatíveis com a afasia progressiva primária não-fluente, no entanto, poucos estudos realizaram uma avaliação abrangente desses aspectos. A SCB pode ser a manifestação clínica de diversas patologias subjacentes. Tendo em vista essa heterogeneidade clínico-patológica, há um crescente interesse na busca por características clínicas que auxiliem no diagnóstico antemortem da patologia de base da SCB. O objetivo primário foi caracterizar a fala e a linguagem de pacientes com diagnóstico de SCB provável, em seus aspectos fonético-fonológicos, morfossintáticos e léxico-semânticos, buscando um padrão sugestivo da SCB. Os objetivos secundários foram: 1 - Verificar possíveis impactos de idade, escolaridade e duração da doença nas alterações de fala e linguagem nos pacientes com SCB. 2 - Caracterizar um possível padrão de alteração de fala e linguagem sugestivo da SCB decorrente da doença de Alzheimer (DA). Métodos: Foram constituídos dois grupos: grupo de pacientes com SCB (GSCB, n=20) e grupo-controle (GC, n=20). Ambos passaram por avaliação de rastreio cognitivo, linguagem e aspectos motores da fala. O GSCB também foi avaliado quanto à funcionalidade da linguagem e a gravidade das alterações linguísticas. Foram realizadas comparações entre os dois grupos em relação às características sociodemográficas e clínicas e às pontuações nos testes de cognição, fala e linguagem por meio do teste t de Student ou U de Mann-Whitney. Para avaliar a influência da idade, escolaridade e duração da doença nos resultados das avaliações no GSCB, realizou-se análise de correlação de Pearson ou Spearman. Os pacientes do GSCB foram subdivididos em dois grupos, de acordo com o resultado do PET-FDG: SCB+ (sugestivo de DA como patologia de base, n=7) e SCB- (n=13). Foram realizadas comparações em relação às características sociodemográficas e clínicas, os testes de rastreio cognitivo, fala e linguagem e as escalas de funcionalidade e gravidade das alterações linguísticas. Foi calculada a proporção de pacientes do GSCB, do SCB+ e SCB- que obteve desempenho abaixo da mediana do GC em testes de cognição, fala e linguagem. Resultados: o GSCB e o GC se diferenciaram em todos os subtestes de cognição e linguagem, sendo que o GSCB teve pior desempenho. A apraxia de fala foi encontrada em 57,9% dos pacientes e a disartria, em 21,05%. Foi encontrada correlação positiva entre a duração da doença e a gravidade das alterações de fala. Foi encontrada correlação positiva entre a escolaridade e a pontuação total no teste de rastreio cognitivo e correlação negativa entre o mesmo teste e a duração da doença. Na comparação dos grupos SCB+ e SCB- no teste de rastreio cognitivo, houve tendência para maior comprometimento da atenção (p=0,057) e das habilidades visuoespaciais (p=0,051) no grupo SCB+. Não houve diferença estatística entre os grupos nos testes de fala e linguagem. Conclusões: As alterações de linguagem nos pacientes com SCB são heterogêneas e abrangem todos os processamentos linguísticos. Em relação aos aspectos motores da fala, o perfil também é heterogêneo. Na comparação dos grupos SCB+ e SCB-, houve uma tendência para maior comprometimento da atenção e das habilidades visuoespaciais no grupo SCB+. Nos testes de linguagem não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos SCB+ e SCB- |