Suspensão dos procedimentos de controle de pragas e taxas de eventos relacionados a escorpiões no município de Paulínia/SP, de 2017 a 2021

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Sá, Iracema Custodia dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6142/tde-09082023-170835/
Resumo: Este trabalho estimou a incidência de ocorrências com escorpiões na cidade de Paulínia - SP de 2017 a 2021, associando-a a um período de suspensão dos procedimentos de controle de pragas (AGO-2019 a AGO- 2020), que é realizado nas tubulações de esgoto para o controle de baratas, Periplaneta americana (Linneu, 1758). É um estudo observacional, do tipo ecológico, realizado com dados secundários de uma série histórica de cinco anos, provenientes do departamento de vigilância em saúde municipal. As ocorrências foram classificadas em acidentes (escorpionismo) e sem acidentes (coletas de espécimes). Para as análises utilizou-se a regressão de Poisson. Observou-se taxas crescentes de ocorrências na ordem de 23% ao ano (RT = 1,23; [IC] de 95%: 1,16 a 1,32, p=0) pela regressão de Poisson. A ocorrência do tipo coleta de espécimes foi a mais observada, e o espécime mais identificado foi o Tityus serrulatus (Lutz & Mello, 1922). Foi observado um aumento significativo nas ocorrências do tipo coletas nas regiões sem área verde, após a suspensão dos serviços de controle de pragas a partir de oitavo mês, com uma razão de taxas de 2,16 [IC] de 95%: 1,55 a 3,01; p <0,001). Nas regiões com a presença de áreas verdes, o aumento não foi estatisticamente significativo (RT=1,15; [IC] de 95%: 0,77 a 1,72; p=0,50). Estas estimativas foram ajustadas pelas variáveis mês, ano e macrorregião do município, áreas 1 e 2. Os resultados corroboram outros estudos sobre a importância da sazonalidade nas taxas de ocorrências com escorpiões. Concluiu-se que as regiões do município com menor quantitativo de áreas verdes apresentaram as maiores taxas de ocorrências com escorpiões, na ausência do controle de pragas. Os resultados nas regiões com a presença de áreas verdes não foram significativos após a suspensão dos procedimentos. As áreas verdes funcionaram como modificador de efeito na interação suspensão dos procedimentos de controle de pragas e taxa de ocorrências com escorpiões.