Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Pacagnella, Rodolfo de Carvalho |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17139/tde-04032008-155259/
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Resumo: |
Introdução: Embora a contracepção seja bastante prevalente no Brasil (77%), apenas dois métodos predominam: o contraceptivo hormonal oral e a esterilização cirúrgica (LT). No entanto a LT não é inócua e pode trazer diversas conseqüências para a vida dessas mulheres que se submetem a ela. Dentre estas pode estar a deterioração da função sexual o que seria contraditório visto que a LT objetiva uma vida sexual melhor, menos atemorizada pelo medo da gravidez. O presente estudo teve como objetivo avaliar a função sexual de mulheres submetidas à LT. Métodos: Estudo transversal de 235 casos, representativos de 1826, com dados obtidos através de inquérito da função sexual entre as mulheres laqueadas pelo SUS em Ribeirão Preto(SP) entre 2000 e 2004, utilizando-se o Female Sexual Function Index (FSFI) adaptado para o contexto brasileiro. Resultados: As entrevistadas tinham em média 35,9 anos e foram esterilizadas em média aos 33,3 anos; 89,8% estavam em união marital, 57,9% declararam-se brancas e 66,8%, católicas, tinham em média 6,1 anos de estudo e 76,6% pertenciam às classes C e D; 93,4% referiram ter um bom relacionamento conjugal e 59,5% declararam que o relacionamento não mudou após o procedimento. A média de filhos vivos foi 3,2, resultaram aborto 8,8% das gestações, 71,2% resultaram partos vaginais e 28,8%, cesáreas; 52,3% usaram pílula 6 meses antes da cirurgia; 98,7% responderam estar satisfeita com a cirurgia e 6,8% referiram dor pélvica. Em geral, 32,5% das mulheres apresentaram escores de índice com risco para disfunção sexual medido pelo FSFI. Foi observada associação entre a variável disfunção sexual e categoria de escolaridade, renda per capita, dor pélvica, número de gravidezes, número de partos vaginais e de cesáreas. Observou-se correlação negativa entre o escore de função sexual e o número de filhos vivos e correlação positiva entre o escore e renda familiar, renda per capita e os valores de classificação econômica. Conclusão: A partir dos dados obtidos, pôde-se observar que dentre as mulheres laqueadas do estudo a presença de disfunção sexual estava associada à dor pélvica e maior número de cesarianas, assim como a situações ligadas à vulnerabilidade social (baixa renda e escolaridade e maior número de filhos). |