Comunidade fúngica associada a brotações de Eucalyptus em jardim clonal e seu envolvimento na etiologia da podridão de estacas utilizadas para a produção de mudas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1998
Autor(a) principal: Paradela, André Luis
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-20220208-055916/
Resumo: A podridão de estacas se constitui num sério problema para a produção de mudas de eucalipto através de estaquia. Brotos provenientes do jardim clonai infectados por fungos endofiticos podem ser responsáveis pela introdução do inóculo primário nas casas de vegetação. A doença é comprovadamente causada por espécies do gênero Cylindrocladium e Rhizoctonia, porém outros fungos são suspeitos de estarem associados à podridão. Com o objetivo de se conhecer a comunidade fúngica endofitica possivelmente associada à podridão e de se estudar a etiologia da doença, foi feito um levantamento em um jardim clonai de um híbrido de Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla, localizado em Santa Rita do Passa Quatro, SP, através de isolamentos em meio de cultura, durante o período de outubro de 1996 a novembro de 1997. Foram realizados testes de patogenicidade em casa de vegetação com os fungos que predominaram neste levantamento. Visando avaliar o controle químico da doença, foram efetuadas aplicações foliares semanais de benomyl (0,5 kg/ha) e oxicloreto de cobre (1,1 kg/ha) iniciadas, duas semanas após o corte comercial, durante a etapa de levantamento. Posteriormente, foi também testada a imersão de estacas comerciais em suspensões de captan (1,5 g i.a./l) e de benomyl (0,75 g i.a./l). Diversos gêneros foram detectados como ocorrendo endofiticamente nos brotos, aparecendo com maior freqüência Botryosphaeria, Colletotrichum e Guignardia. Foi demonstrado que Colletotrichum e Botryosphaeria estão envolvidos na etiologia da doença e que Cylindrocladium candelabrum é o principal patógeno responsável pela redução do enraizamento das estacas. Quanto ao tratamento químico, a pulverização das touças no jardim clonai não se mostrou eficiente, o mesmo ocorrendo com o tratamento de imersão das estacas.