Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Chaves, Lucas |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17139/tde-08012020-111716/
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Resumo: |
A Peritonite Bacteriana Espontânea (PBE) é atualmente a complicação infecciosa mais frequente em indivíduos com cirrose hepática e ascite. A PBE é comumente subdiagnosticada dada a manifestação clínica habitualmente inespecífica com que ela se apresenta. Em face disso, a análise citológica do líquido ascítico a partir da paracentese diagnóstica constitui um recurso diagnóstico indispensável para confirmar a presença de PBE. Contagens superiores a 250 polimorfonucleares/mm³ no líquido ascítico na presença ou não de culturas positivas estabelecem o diagnóstico. Em menos de 40% dos casos a cultura do líquido ascítico é positiva, acarretando uma terapia empírica que resultam comumente em subtratamento ou supertratamento, induzindo inapropriadamente a resistência bacteriana. Assim, o presente trabalho procurou através de um estudo experimental laboratorial padronizar e, verificar a viabilidade técnica da filtragem a vácuo do líquido ascítico como forma de otimizar o diagnóstico microbiológico da PBE. A padronização da técnica inicialmente pode ser verificada em ensaios pilotos e a viabilidade da técnica foi confirmada por meio do processamento do líquido ascítico daqueles pacientes que apresentaram confirmação citológica para PBE. Foram incluídos 36 pacientes com cirrose hepática, atendidos no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HCFMRP-USP) no período de novembro de 2017 a junho de 2019. Dentre eles, 17 (47,2%) apresentaram citologia compatível com PBE e, nesses últimos, a cultura pelo método semi-automatizado foi positiva em 6 casos (35,3%) e pelo método de filtragem a vácuo do líquido ascítico em 2 casos (11,8%). Conclui-se que a filtragem à vácuo não eleva a sensibilidade do diagnóstico microbiológico da PBE em relação ao método padrão. Por esse motivo é necessário o desenvolvimento de novas técnicas que aprimorem esse diagnóstico, de modo a nortear a terapia antimicrobiana nos pacientes acometidos por essa grave infecção. |