Caracterização biológica de uma fração angiogênica do látex natural da seringueira Hevea brasiliensis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Mendonça, Ricardo José de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17131/tde-10052021-115953/
Resumo: O aumento da permeabilidade vascular e a angiogênese são importantes etapas do processo de cicatrização, crescimento de tumores e na revascularização de tecidos submetidos à isquemia. O aumento da permeabilidade vascular permite que diversas macromoléculas, como fibrinogênio e fatores de crescimento, alcancem o tecido lesado, enquanto a angiogênese amplia o suprimento de nutrientes e a remoção de resíduos metabólicos do tecido. Vários trabalhos têm sugerido que o látex extraído da seringueira Hevea brasiliensis possui atividade angiogênica. Iniciou-se, assim, esforços no sentido de purificar o(s) componentes(s) ativo(s) presente(s) neste material e caracterizá-lo(s), afim de comprovar seus efeitos no processo de cicatrização. O soro extraído do látex foi submetido a tratamentos desnaturantes (fervura e proteólise) e analisado quanto à sua capacidade de aumentar a permeabilidade vascular, o que indicou a natureza proteica do material ativo. Ensaios angiogênicos em membranas cório-alantóideas (MCAs) de embriões de galinha (Gallus domesticus) mostraram que o soro estimula a angiogênese. Em uma primeira etapa, a purificação do soro em coluna de DEAE-celulose, gerou três frações que foram dialisadas e liofilizadas. O pico I mostrou-se a fração mais ativa em aumentar a permeabilidade vascular, e na indução de angiogênese. Estudos histológicos mostraram que MCAs, tratadas com soro ou pico I, são mais espessas do que o controle, indicando, principalmente, uma maior deposição da matriz extracelular. Em uma segunda etapa de purificação em coluna de CM-celulose foram obtidas três novas frações, a partir do pico I. Porém, na análise de atividade destas, não foi possível concluir sobre qual das frações, foi a mais ativa. Em conjunto, estes resultados suportam a aceleração do processo cicatricial observado em estudos clínicos realizados com biomembrana de látex natural.