Ler e escrever nos ciclos da Escola Plural: um estudo de trajetórias

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Mendonça, Patrícia Moulin
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-31052007-111406/
Resumo: Esta pesquisa busca compreender os processos e efeitos produzidos pela aprendizagem insuficiente da leitura e escrita dos alunos do 3º ciclo de formação do ensino fundamental da Escola Plural - projeto político-pedagógico da rede municipal de ensino de Belo Horizonte, implementado a partir de 1995 - que se propõe à inclusão e à garantia de direitos dos alunos. Procurou-se examinar as alternativas adotadas pelas escolas para tratar das dificuldades desses alunos ao longo do ensino obrigatório e compreender os processos que levaram à aprendizagem insuficiente da leitura e escrita e seus efeitos nos alunos do 3º ciclo. Foram analisadas ainda as estratégias de sobrevivência escolar adotadas por eles e a contribuição do contexto escolar no processo de inclusão/exclusão dos alunos do mundo letrado. Duas escolas da rede municipal de ensino de Belo Horizonte constituíram o locus da pesquisa. Em cada uma delas foram escolhidos quatro alunos aí matriculados desde o início do ensino fundamental, que apresentavam as caracrísticas mencionadas. A pesquisa foi realizada no segundo semestre de 2004, por meio de entrevistas semi-estruturadas com profissionais do ensino, familiares e os próprios alunos. Sempre que disponíveis, foram também colhidos outros dados sobre o percurso dos alunos ao longo da escolarização Constatou-se a insuficiência das ações da escola para enfrentar, nesses casos, o fracasso escolar, contribuindo para configurá-lo como tal, tendo-se verificado que a presença desses alunos nos anos mais avançados do ensino fundamental altera os códigos educacionais subjacentes à cultura escolar vigente, e ao fazê-lo, cria novas demandas e impasses. Foi possível ainda verificar os múltiplos fatores que corroboram a configuração do fracasso: condição social, questões de raça e gênero, frágil condição das famílias para responder as demandas escolares e incapacidade do poder público para garantir condições básicas de sobrevivência ao público em situação de exclusão social.