Ferro lábil: propriedades fundamentais e reatividade com peroxinitrito no modelo celular RAW 264.7

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Condeles, André Luís
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59138/tde-14072023-153350/
Resumo: O Ferro Lábil (LIP) representa uma fonte celular universal, regulável e fundamental de ferro (II) usada para incorporação como o cofator de apo-ferro proteínas nascentes. Apesar dessa alegada função de chaperona de ferro, a identidade de LIP ainda é desconhecida, sendo sua existência baseada na propriedade de ser complexado por quelantes de elevada afinidade por Fe(II), o que distingue LIP do ferro ligado a grupos heme e clusteres de enxofre. Essa propriedade também tem sido explorada para estudar suas reações químicas e propriedades biológicas. Recentemente, em investigações da oxidação dependente de peroxinitrito em células RAW 264.7, observamos que a quelação de LIP aumenta a oxidação de um indicador fluorescente e concluímos que LIP interage com peroxinitrito (ou derivados radicalares de peroxinitrito) e diminui seu poder oxidante. O presente estudo é dividido em dois capítulos. No primeiro, nós abordamos propriedades fundamentais da reação entre LIP e peroxinitrito usando a mesma metodologia de fluorescência e modelo celular e constatamos que a reação entre LIP e peroxinitritro é provavelmente direta, rápida (constante de velocidade na faixa entre 106-107 M-1s-1) e com características catalíticas. Reunidas, essas informações sugerem que LIP representa um sistema peroxinitrito redutase em células RAW 264.7. No segundo capítulo, nós criamos um modelo de que LIP esteja ligado a um constituinte celular C na forma de um complexo genérico CLIP e modificamos metodologia originalmente usada para quantificação de LIP para acessar a constante termodinâmica de afinidade entre LIP e C (Kd) bem como a concentração total de C. Os resultados sugerem que as concentrações totais de LIP e de seu ligante (C) não ultrapassem 3 µM em células RAW 264.7 e que estejam ligados fortemente (Kd ≈ 10-2 µM), existindo predominantemente como CLIP. Essas informações confrontam as hipóteses existentes de que LIP seja o complexo hexaaqua Fe(II) ou um complexo com Glutationa (GSFe) e podem ajudar na identificação de LIP.