Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Sandrini, Marcel Martins |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5156/tde-30082024-122401/
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Resumo: |
Introdução: A bronquiectasia é uma patologia pulmonar crônica que evolui com dilatação anormal e irreversível da árvore brônquica. A bronquiectasia impacta fortemente na qualidade de vida (QV) dos pacientes. Sabe-se que o tratamento cirúrgico, além de possibilitar a resolução de condições refratárias ao tratamento clínico, como as infecções de repetição e a hemoptise, também pode recuperar a QV desses indivíduos. Todavia, pouco se tem descrito na literatura sobre o impacto em longo prazo na QV do tratamento operatório por ressecção pulmonar para pacientes com bronquiectasia. Objetivo: Avaliar a evolução clínica e a QV no pós-operatório tardio de pacientes submetidos à ressecção pulmonar para o tratamento de bronquiectasias. Métodos: Estudo transversal com pacientes submetidos à ressecção pulmonar por bronquiectasia, com mais de dois anos de evolução. Foram coletados dos prontuários médicos os dados pré-operatórios, intraoperatórios, pós-operatórios imediatos e tardios. Os pacientes passaram por reavaliação clínica, aplicação do questionário de QV SF-36, do BHQ, e solicitação de exames complementares: prova de função pulmonar e tomografia computadorizada (TC) de tórax. Resultados: Foram incluídos 62 pacientes, sendo 35 (56,5%) do gênero feminino. Os domínios do SF-36 com pior pontuação foram dor e estado geral de saúde. O escore mediano do BHQ foi 77,9 [62,9 88,6]. Quando realizada a análise de correlação dos dois instrumentos de avaliação da QV com o número de segmentos ressecados, foi possível observar correlação negativa fraca ou moderada para seis domínios do SF-36. Apenas o domínio estado geral de saúde apresentou correlação negativa fraca com a idade (r=0,35; p=0,005). Não houve diferenças estatisticamente significantes nos domínios do SF-36 e no BHQ quando comparados entre os pacientes com ou sem piora da TC ou entre os pacientes com melhora ou manutenção dos sintomas no pós-operatório tardio. Também não houve diferenças estatisticamente significantes entre os domínios do SF-36 quando comparados com a presença ou a ausência de histórico de tuberculose. Contudo, o escore do BHQ foi menor para o grupo com história prévia de tuberculose. Conclusão: Concluiu-se que a QV no pós-operatório tardio de pacientes submetidos à ressecção pulmonar para tratamento de bronquiectasias apresentou escores médios acima dos relatados na literatura para pacientes com bronquiectasia não submetidos à ressecção cirúrgica. Não houve progressão funcional da bronquiectasia após tratamento cirúrgico. Evidenciou-se progressão radiológica em sete pacientes, mas essa piora não impactou na QV desses pacientes. A presença de sintomas respiratórios no pós-operatório tardio não influenciou na QV |