Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1984 |
Autor(a) principal: |
Denicolo, Ireno |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/54/54132/tde-16032015-112502/
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Resumo: |
O presente trabalho experimental é devotado ao estudo das estruturas médias e suas desordens, nas parafinas normais (CnH2n+2), abrangendo os compostos com 17 ≤ n ≤ 34 exceto as com n = 30, 31 e 33. A técnica aqui utilizada é a da difração de raio x, cuja radiação é proveniente de geradores convencionais e de sincrotron. As parafinas acima, com o aumento da temperatura exibem as fases cristalina, líquida e uma intermediária denominada rotatória cuja estrutura média era tida como hexagonal e que ora é objeto de um estudo mais detalhado. A simetria molecular das parafinas com n impar difere das com n par, assim também ocorrendo com suas estruturas lamelares médias. As parafinas ímpares, na fase cristalina exibem uma estrutura com rede ortorrômbica de camada dupla, grupo espacial Pcam, 4 moléculas por cela, parâmetros de ‌a‌ = 7,5 R, ‌b‌ = 5,0 R e ‌c‌ = 2 LM (LM, comprimento molecular) e a razão ‌a‌/‌b‌ é de 1,50. Nos compostos com n = 17, 19 e 21, elevando-se a temperatura, ocorrem as transições de fase cristalina → rotatória I (RI) → líquida. No domínio térmico da fase RI ‌a‌/‌b‌ evolue de ˜ 1,56 ao limite superior ˓ 1,69, devido à expansão de ‌a‌ e contração de ‌b‌, o que é conseqüente de uma desordem orientacional do pIano molecular (oscilação do plano molecular). Como na fase precedente, a estrutura pseudo-hexagonal da fase RI é ortorrômbica, de dupla camada, com 4 moléculas por cela, porém de grupo espacial Fm2m. Nas parafinas com n = 23 e 25, além da fase RI, observou-se uma fraca transição de primeira ordem RI → rotatória II (RII) e posteriormente, à fase líquida. Na fase RII, ‌a‌/‌b‌ atinge o valor de √, caracterizando uma estrutura hexagonal (romboédrica) de camada tripla, do tipo ABC ABC ... , grupo espacial R ۙM, cada cela contendo 3 moléculas e sendo a distância entre as moléculas de 4,77 Å. As moléculas que oscilavam na fase RI , passam a girar ao redor de seu eixo longo na fase RII, formando cilindros. As parafinas com n= 27 e 29 exibem as transições cristalina → rotatótia III (RIII) → Rotatória IV (RIV) → liquida. As estruturas das fases RIII e RIV são triclínicas e monoclínica respectivamente, onde as moléculas também giram ao redor de seu eixo longo. Nas parafinas pares com 18 ≤ n ≤ 24., observou-se na fase cristalina, uma estrutura triclínica ‌a‌ ≅ 4,2 Å, ‌b‌ ≅ 4, 8, Å, ‌c‌ ≅ LM, α ≅ 98° , β ≅ 61°, o que se observa também nos compostos com n=28 e 34. Já a parafina C32H66 difere na forma que é só monoclínica, com os parâmetros ‌a‌ ≅ 5,6 Å, ‌b‌ ≅ 7,5 Å, ‌c‌ ≅ 2LM e β ≅ 81°. A parafina C28H58 passa pelas transformações cristalina → RIV → liquida, e as com n= 32, 34, cristalina → RIII → liquida. O estudo de desordem estrutural efetuado envolveu as parafinas com 17 ≤ n ≤ 28, que exibissem a fase rotatória estável - exceto n= 18 e 20. Constatou-se na fase rotatória - considerando- se que a fase cristalina está ausente de desordens estruturais - deslocamentos moleculares longitudinais crescentes com n, devido à desordem orientacional dos planos moleculares. Também verificou-se que a concentração de defeitos \"Kink\" com n, independentemente se n é par ou impar |