Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1974 |
Autor(a) principal: |
Pitta, Gilson Villaça Exel |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20240301-154718/
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Resumo: |
O presente trabalho constou da verificação no comportamento da acidez trocável, representada pelos íons Al+3 e H+, frente a doses crescentes de CaCO3 p.a., em quantidades estequiometricamente equivalentes a 0, 1, 2, 3 e 4 vezes a do Al+3 trocável extraído com KCL 1N, cujos teores originais eram, em e.mg/100g: solo 1 - 1,720; solo 2 - 0,992; solo 3 - 2,500; solo 4 - 0,264; solo 5 - 0,396 e solo 6 - 0,824. Os dois primeiros, pertencem a área experimental do Instituto de Pesquisas Agropecuárias do Oeste (IPEAO) em Campo Grande, MT, (LR eutrófico e LA) e os demais do Município de Piracicaba, SP, (PVA var. Laras; série Cruz Alta, LE, série Paredão Vermelho, LA, série Saltinho e Hidromórfico série Três Municípios). Porções de 500 g de cada solo acondicionados em vasos plásticos tendo sido submetidos aos tratamentos com CaCO3, e repetidas cinco vezes, foram colocadas à incubação por um período de 30 dias. A cada 10 dias realizou-se medição do pH, afim de se verificar sua tendência a estabilização. Após o qual efetuou-se análises químicas com o intuito de observarmos o comportamento não só da acidez trocável, como também no que se refere ao pH, acidez titulável, Ca+2, Mg+2 e K+ trocáveis, valores S, V(%) e CTC e observações sobre o PO-34 natural, a capacidade de fixação ou retenção de fósforo nos seis solos e índice de saturação em Al+3 (valor M). Os dados nos permitiram observar que: (a) o pH dos solos sofreram considerável acréscimo, com os tratamentos, porém estes o foram na razão direta de sua capacidade tamponante. E, as maiores doses foram suficientes para elevar o pH à valores acima de 6,10 (solos 1,2,4,5 e 6) e 7,9 (no solo 3). Aos 20 dias de incubação apresentaram valores máximos alcançados, fazendo-nos supor da indicação desse período de incubação como sendo suficiente para os solos estudados; (b) a acidez trocável (íons Al+3 e H+ extraídos com KCl 1N) e a acidez titulável (íons H+ ou prótons extraídos com CaAc 1N pH 7,00) sofreram acentuados decréscimos, porém as partes relativas à cada uma, estão na dependência das cargas permanentes e dependentes de cada solo, e corroborando dúvidas de inúmeros outros autores, sugerimos maiores estudos no que toca a participação no complexo sortivo da fase trocável e não trocável e seus equilíbrios no solo; (c) os valores m acompanharam a progressiva eliminação na acidez trocável, o que confirma a validade do uso desse índice. Para mantermos este índice a valores menores que 15%, a 1ª dose de carbonato de cálcio foi suficiente para os solos 1, 3, 4, 5 e 6, porquanto para o solo 2 aquele valor foi alcançado na 2ª dose; (d) quanto a valores S, V(%) e CTC - calculada, os dois primeiros índices sofreram acréscimos em virtude da introdução do íon Ca+2 dos tratamentos que provocaram a neutralização da acidez trocável, porém notou-se o fato de não se verificar uma tendência estequiométrica entre o Ca+2 usado na neutralização do Al+3 + H+ e o encontrado como trocável, porquanto se tenha encontrado correlações positivas entre os valores S, V(%) e doses de CaCO3. As pequenas variações na CTC dos solos, parece estar ligada ao estágio de humificação de matéria orgânica dos solos; (e) os efeitos dos tratamentos sobre os teores de Mg+2 e K+ trocáveis, foram mais evidentes sobre o Mg+2, que em função dos dados, inferiu-se que a partir de uma certa dose de CaCO3, este passa a deprimir o Mg+2, porém a quantificação dessa concentração, não era relativa aos objetivos do presente trabalho. Quanto ao K+, praticamente, não houve efeito dos tratamentos; (f) houve uma participação muito pequena do íon Ca+2 dos tratamentos com carbonato sobre os teores originais de PO-34. Com a aplicação de 100 ppm de P, o comportamento foi modificado, porquanto para os solos 1 e 3 foi de aumentar a fixação com os tratamentos, nos solos 2 e 4 a tendência foi promover uma diminuição, os dois últimos (5 e 6) não foi encontrada significância. No caso dos solos 1 e 3 (LR e PVA, var. Laras) eram os dois solos que apresentam maiores teores originais de acidez trocável, nos sugerindo, primeiramente uma ligação do P com o Al+3 e/ou Fe+3 e posteriormente uma ligação ao Ca+2. |