Elementos potencialmente tóxicos em caldo de cana-de-açúcar cultivada em solo tratado com lodo de esgoto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Granja, Ana Carolina Ribeiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/64/64135/tde-18122009-103434/
Resumo: Não obstante aos benefícios evidentes da aplicação do lodo de esgoto na cultura da cana-deaçúcar, conforme a norma No 375 do CONAMA, há ausência de informações sobre os elementos Be, Cd, Co, Cr, Ni, Pb, Tl e V que estão presentes lodo. Estes elementos podem contaminar o solo e a planta. Todavia, eles têm sido muito pouco avaliados, principalmente pelos baixos teores no solo e na planta, assim como pela baixa sensibilidade das técnicas convencionais de análise. O presente trabalho objetivou avaliar os efeitos da aplicação de lodo de esgoto na cana-planta sobre os teores de Be, Cd, Co, Cr, Ni, Pb, Tl e V no caldo. Foram aplicadas quatro doses de lodo (0; 3,6; 7,2 e 10,8 t ha-1, base seca) em experimento de campo, com cana-planta. Para obtenção do caldo de cana, os colmos foram colhidos, após 12 meses de cultivo da cana, e prensados. Inicialmente, verificou-se a viabilidade da decomposição assistida por radiação micro-ondas, utilizando-se de 5 mL de amostras de caldo, com ácido nítrico e ácido clorídrico concentrado. Este procedimento mostrou-se inadequado, pois a pressão interna gerada no tubo reacional foi superior ao limite máximo de 3.500 kPa (35 bar), com temperatura na faixa de 140oC, gerando extrato com material orgânico residual. Em novo teste, utilizando-se de 2,5 mL de amostras de caldo, com ácido nítrico, ácido clorídrico concentrados e peróxido de hidrogênio, obteve-se sucesso na decomposição da amostra, pois a pressão interna gerada no tubo reacional foi inferior ao limite máximo de 3.500 kPa (35 bar), com temperatura na faixa de 185oC, gerando extrato límpido, sem material orgânico residual. A partir de digeridos obtidos com o segundo protocolo, os teores Be, Cd, Co, Cr, Ni, Pb, Tl e V foram determinados por espectrometria de massa com plasma (ICP-MS). Os teores Be, Co, Cr, Ni, Pb, Tl e V no caldo de cana-de-açúcar não foram alterados pela aplicação do lodo de esgoto, cujos valores variaram de 1,1 a 36,4 \'mü\'g kg-1. Na dose 10,8 t ha-1, os teores de Cr e Pb no caldo foram menores e os de Cd, maiores, em relação às demais doses de lodo. Todos os teores observados foram muito abaixo dos limites máximos permitidos em alimentos, exceto o Tl, que foi o elemento que, independentemente da dose de lodo, mais limitou o consumo do caldo, em 0,6 kg dia