Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Meireles, Renan Coradine |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-17092019-155052/
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Resumo: |
Esta dissertação tem como objetivo central a análise das transformações do espaço urbana metropolitano a partir do estudo de um fragmento de São Paulo, o Largo da Batata, no bairro de Pinheiros. Entende-se que, por ter passado por intensas transformações socioespaciais, encaminhadas na relação entre o Estado e o Setor Privado, o lugar possa apontar para as transformações mais amplas do capitalismo, principalmente no período atual, em que a reprodução do capital passa, inequivocamente, pela reprodução do espaço. Este fragmento, constituído como centralidade comercial, na mobilidade e na vida cotidiana ao longo do século XX, foi inserido na Operação Urbana Faria Lima, a partir da reconversão urbana do Largo da Batata. Desde 2001, quando foi lançado o edital para o Projeto, até 2013, quando as principais obras foram finalizadas o Largo foi transformado em um imenso canteiro de obras: desapropriações, mudanças viárias, construção das estações do metrô e a metamorfose do próprio espaço do Largo da Batata, tornado uma explanada. Estas transformações, encaminhadas pelo Estado interferiram profundamente na dinâmica de todo o entorno, com destaque para o aumento significativo da verticalização trazida pela expansão imobiliário-financeira, o que gerou uma valorização que, em menos de uma década, mudou o padrão do comércio e o perfil dos moradores do lugar. O comércio popular, característico das últimas décadas do século XX, foi trocado por atividades do setor terciário superior, apesar de algumas permanências. O uso residencial, transformado por edifícios de alto padrão, trouxe para o entorno uma população de maior renda. Com isso, houve um aumento significativo de restaurantes, comércios em geral e serviços voltados a esta população. Observa-se um processo de homogeneização e fragmentação deste espaço que, com sua centralidade voltada aos setores mais modernos da economia, alcança outro patamar na hierarquia dos lugares na metrópole. Desde que as obras iniciaram, coletivos e movimentos questionam as imposições da Prefeitura e o avanço do mercado imobiliário. Estes coletivos, em geral, são responsáveis por atuar no Largo como incentivadores e viabilizadores de uma série de atividades políticas, culturais, artísticas e esportivas que visam o uso e a apropriação do espaço público. Nesse sentido, o Largo torna-se também, sobretudo a partir de 2013, um lugar privilegiado nas manifestações políticas na metrópole de São Paulo, indicando que de fato o lugar ganhou centralidade na escala metropolitana e, mesmo com ação direta das forças homogeneizantes, o espaço é usado e apropriado de forma a apontar seu caráter público. |