Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Souza, Jorge Augusto Roque |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/107/107131/tde-29052019-151118/
|
Resumo: |
Este estudo pretende expor os fundamentos filosóficos e os conceitos políticos e sociais de um dos textos mais incompreendidos de Marx, a Crítica da Filosofia do Direito de Hegel. No capítulo I, iremos expor o estudo de dois grandes filósofos do século XX, Lukács e Althusser, nos quais são apresentadas posições opostas quanto ao nosso objeto. No segundo capítulo, trataremos do contexto real e ideológico do surgimento da Crítica de 1843, e demonstraremos a proximidade e o distanciamento de Marx tanto em relação a Hegel quanto à Feuerbach. No capítulo III, demostraremos que, ao lado dos fundamentos materialistas, da crítica aos universais especulativos da filosofia hegeliana e da crítica à inversão entre Estado e sociedade civil nessa filosofia - para Marx, a sociedade civil é o sujeito do Estado, em oposição a Hegel - há uma concepção da práxis social idealista, uma dialética da evolução da consciência popular, que fundamenta a resolução das contradições da sociedade moderna proposta por Marx, a \"verdadeira democracia\". Como a sociedade civil corresponde à essa práxis, não poderíamos estar diante de seu conceito marxista. Não há o conceito de classes marxista na Crítica de 1843. Há, por outro lado, uma concepção atomística da sociedade civil. Tampouco poderia haver o conceito marxista de Estado: aqui, é o Estado real - não o Estado moderno, existente - identificado à universalidade. O que não há na Crítica é a concepção da atividade material que é o núcleo do marxismo. Por fim, concluímos tratar a Crítica de 1843 de um texto de transição, o que nos remete a uma concepção do desenvolvimento intelectual marcada por continuidades e descontinuidades, essas, entretanto, determinadas pelas continuidades e descontinuidades do próprio desenvolvimento histórico real. |