Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Souza, Leandro Fonseca de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/64/64133/tde-19082021-140913/
|
Resumo: |
Na região amazônica, pastagens são o principal uso do solo após desmatamento. Esta conversão afeta a ciclagem de metano no solo, mudando o balanço no fluxo de gases de dreno de metano atmosférico sob floresta para emissores sob pastagem. Nesta pesquisa avaliou-se como o manejo de pastagens pode afetar o processo, considerando a cobertura do solo por Urochloa brizantha cv. Marandu e sua rizosfera, e a calagem destes solos a pHs 5,8-6,5. O papel da acidez de solos de floresta no sequestro de metano também foi testado. Dois experimentos foram conduzidos em condições controladas de casa de vegetação, partindo de solos de floresta e pastagem do leste e do oeste amazônico, além de estudo em campo. Também foram realizadas incubações dos solos sob condições de laboratório com 13CH4 para utilização da técnica de Sondas de Isótopos Estáveis (SIP-DNA). A microbiota associada à ciclagem de metano no solo foi avaliada por quantificação de genes pmoA e mmoX (metanotróficos), mcrA (metanogênicos) e pelo sequenciamento massivo do gene 16S rRNA. Observou-se que a cobertura do solo com capim Marandu, em contraponto a um solo descoberto, aumenta o sequestro de metano pelo solo em até 35% e reduz em até 10x a abundância absoluta de arquéias metanogênicas na rizosfera, compostas pelos gêneros Methanosarcina sp., Methanocella sp., Methanobacterium sp. e Rice Cluster I. A calagem de solos de pastagem pode aumentar o sequestro de metano no solo sob altas concentrações de metano, com aumento da atividade de metanotróficas Beijerinckiaceae (tipo II) e Methylocaldum sp. (tipo I), ou pode reduzir esta capacidade sob concentrações atmosféricas, sem alteração significativa da abundância absoluta de metanotróficas ou metanogênicas. Observou-se também que a calagem de solos de floresta reduz sua capacidade de oxidação de metano, podendo torná-los emissores, sem alterações significativas na abundância absoluta de metanotróficas ou metanogênicas. Estes resultados apontam o potencial do manejo de pastagens, por calagem e conservação da cobertura do solo com gramínea, na mitigação de emissões de metano da atividade pecuária na região amazônica. Indicam também a necessidade de pesquisas de validação em campo considerando a sazonalidade das chuvas e exposição do solo a condições de saturação de umidade, favoráveis à metanogênese |