Evolução geológica, análise estrutural e metamórfica da região de Vassouras e Paracambi, porção ocidental do Estado do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1984
Autor(a) principal: Machado, Romulo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44131/tde-13012014-131614/
Resumo: Esta tese discute a evolução geológica - metamórfica e estrutural - e a correlação lito-estrutural de um setor da Faixa Paraíba do Sul, porção ocidental do Estado do Rio de Janeiro, nas regiões de Vassouras e Paracambi, baseando-se em dados petrográficos e estruturais e um mapa geológico na escala de 1:100.000. São reconhecidas seis seqüências lito-estruturais, a saber: 1) Seqüência de Valença - rochas granulíticas e charnoquíticas; 2) Seqüência de Quirino - biotita (hornblenda) plagioclásio-gnaisse migmatizado com migmatitos bandados e anfibolitos associados; 3) Seqüência de Barão de Vassouras - biotita gnaisse migmatizado com gnaisses granitóides, rochas graníticas e cataclásticas, com níveis de calcossilicáticas e mármores associados; 4) Seqüência de Vassouras - rochas granitóides, migmatíticas e cataclásticas associadas; 5) Seqüência de Paracambi - gnaisse granitóide porfiroblástico migmatizado com níveis de gnaisse kinzigítico, anfibolitos e calcossilicáticas; 6) Seqüência de Japeri - migmátitos homogêneos e heterogêneos com gnaisses, granitóides e granitos associados. Estas seqüências lito-estruturais são relacionadas às Séries (Grupos) Juiz de Fora e Paraíba, de Ebert (1956) e à Série (Grupo) da Serra dos Órgãos, de Rosier (1965). As análises petrográficas revelaram composição tonalítica e quartzo diorítica para a primeira seqüência; granítica a tonalítica e monzodiorítica a quartzo diorítica para a segunda; granítica e granodiorítica para as terceira, quarta e quinta seqüências; e granítica a tonalítica e quartzo diorítica para a sexta seqüência. As relações texturais destas rochas (seqüências) indicam a atuação conjunta de processos de deformação e recristalização em pelo menos duas fases, cujos registros são observados nos porfiroclastos e nos cristais da matriz. O metamorfismo atingiu os facies granulito e anfibolito alto, ambos de pressão média. São caracterizadas quatro fases de dobramentos superpostos. A primeira e a segunda, identificadas respectivamente por Dn e Dn+l, apresentam dobras cerradas e isoclinais que afetam o mobilizado Mn; as demais, Dn+2 e Dn+3, são fechadas a suaves e afetam o mobilizado Mn+1. As três primeiras fases mostram orientações axiais aproximadamente NE-SW, e a quarta, NW-SE. O magmatismo é expresso por cinco grupos de rochas ígneas: ortoanfibolitos de composição básica e ultramáfica, granitóides sintectônicos com migmatitos associados, granitos tardi e pós-tectônicos, rochas básicas e rochas alcalinas.