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Caracterização de patógenos bacterianos causadores de metrite em suínos através da cultura e análise metagenômica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Poor, André Pegoraro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
NGS
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10134/tde-12092022-113605/
Resumo: As descargas vulvares e as infecções urogenitais, cujos sinais clínicos mais frequentes incluem a presença de secreção purulenta na região vulvar, falha reprodutiva, inapetência e má condição corporal das fêmeas, provocam graves prejuízos econômicos aos produtores de suínos. No entanto, os agentes etiológicos envolvidos, sua suscetibilidade a antimicrobianos, bem como a população bacteriana residente do trato reprodutivo de fêmeas suínas sadias são temas pouco estudados, impedindo uma avaliação crítica dos tratamentos atualmente empregados. Desse modo, os objetivos deste estudo foram isolar e identificar agentes presentes em descargas vulvares purulentas de porcas utilizando a cultura bacteriana tradicional, bem como caracterizar a microbiota vaginal de fêmeas com e sem descarga vulvar, pela metagenômica do gene 16S rRNA. Os isolados de Escherichia coli foram avaliados ainda quanto à presença de genes relacionados a infecções extraintestinais (ExPEC). A partir dos 310 animais estudados foi identificada uma ampla variedade de espécies bacterianas em fêmeas com descargas vulvares purulentas e em fêmeas saudáveis. Entre os principais agentes identificados estão E. coli, Streptococcus spp., Staphylococcus spp., Corynebacterium diphtheriae e Trueperella pyogenes. As estirpes de E. coli apresentaram diversos fatores de virulência associados à ExPEC, principalmente, as isoladas de fêmeas com descarga vulvar, e mais de 93% delas foram consideradas multirresistentes. A análise metagenômica revelou predominância de gêneros semelhantes aos identificados pelo MALDI-TOF MS, como Escherichia- Shigella, Streptococcus, Staphylococcus, porém revelou outros agentes de potencial patogênico em maior abundância e associados nas fêmeas com descarga vulvar purulenta, como Bacteroides pyogenes, Streptococcus dysgalactiae e Trueperella pyogenes.