Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Santos, Marcelo Vinicius Domingos Rodrigues dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-17032021-144409/
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Resumo: |
O racismo é considerado um determinante social de saúde, gerando iniquidades e levando ao adoecimento e à morte. Na sociedade brasileira, ressaltam-se os impactos das iniquidades étnicorraciais e de gênero sobre a saúde sexual e reprodutiva da população negra. Assim, o objetivo geral deste estudo foi analisar a experiência de racismo institucional no atendimento em saúde sexual e reprodutiva junto às mulheres e aos homens, que procuram o serviço de saúde, para o acompanhamento pré-natal. Os objetivos específicos foram: identificar o racismo por mulheres negras e homens negros no atendimento em saúde sexual e reprodutiva; analisar a experiência de racismo entre negras e negros; verificar a existência de associação entre a experiência de racismo e as variáveis sociodemográficas das negras e dos negros participantes do estudo. Trata-se de um estudo observacional, transversal, descritivo e analítico, desenvolvido entre usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) de um município de grande porte do interior de São Paulo. Para a coleta de dados, foram utilizados um questionário sociodemográfico, as Escalas de Percepção de Discriminação Racial em Saúde - Versão Pessoal (EPDRS-VP) e Versão Geral (EPDRS-VG). Todos os dados foram analisados com a utilização do programa estatístico Statistical Analysis System SAS® 9.4. Para todas as análises, foi considerado um nível de significância de 5% (α=0,05). A maioria dos participantes negros (71,54%) relatou que quase nunca ou, às vezes, percebeu discriminação racial nos serviços de saúde. Houve associação estatisticamente significativa entre a percepção da discriminação racial em saúde de pessoas negras e acesso à internet (p=0,02161). Quanto aos relatos dos participantes, 81,82% foram referentes à violência racial ou institucional nos serviços de saúde. Conclui-se que, embora não tenham sido verificadas associações entre a percepção do racismo e outras variáveis sociodemográficas, a análise descritiva e os relatos do participante evidenciam a presença do racismo institucional no cotidiano dos serviços de saúde. |