Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Nagayoshi, Caio Seiji |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/81/81133/tde-27042015-152439/
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Resumo: |
O presente trabalho investiga o conceito de Natureza sob uma perspectiva filosófica e de suas relações com o ensino de ciências. Embora seja um termo de uso corriqueiro, nas aulas de ciências, \"Natureza\" é um conceito de difícil definição e que, não raramente, comporta ambiguidades. As chamadas \"ciências da Natureza\" podem ser entendidas como forma de conhecimento sobre a Natureza. Assim, o entendimento que se faz do mundo natural é central para a compreensão do que vem a ser a própria ciência. Numa sala de aula de ciências, alunos e professores trazem suas visões de mundo, que podem ou não ser divergentes. Por um lado, a divergência nos entendimentos sobre a Natureza podem gerar dificuldades na compreensão da ciência por parte dos alunos. Por outro lado, o ensino da visão de mundo científica tende a excluir (intencionalmente ou não) as outras visões que os alunos possam trazer para a sala de aula, na medida em que são consideradas não válidas ou não legítimas pela ciência. Partindo dessa problemática, o presente estudo relata uma investigação das diferentes concepções de Natureza na história da filosofia, do século XVII até o presente, apontando como o conceito se transformou ao longo do tempo. Paralelamente, foram entrevistados quatro estudantes de licenciatura em Ciências Biológicas, com o intuito de se conhecer suas concepções sobre a Natureza. As entrevistas seguiram metodologia adaptada de Cobern (2000), com o uso de palavras e frases que estimulavam os entrevistados a falarem extensamente sobre sua visão de Natureza. As entrevistas foram gravadas em áudio, transcritas e categorizadas. Foram elaborados mapas conceituais que, por sua vez, orientaram a elaboração de narrativas em primeira pessoa construídas com falas dos próprios entrevistados obtidas das transcrições. Observamos que, embora haja características comuns entre as visões dos entrevistados, há também divergências marcantes. Os resultados corroboram a ideia de que há uma multiplicidade de conceitos possíveis relativos à Natureza. Propomos que o ensino de ciências não tenha como objetivo meramente a incorporação de uma visão de mundo científica. Tal visão pressupõe um conceito de Natureza, e seus significados, que não são absolutos. O ensino de ciências deveria proporcionar, ao aluno, uma nova perspectiva de conhecer e de apre(e)nder o mundo em que vive. |