Psicoterapia breve operacionalizada em mulheres com câncer de mama

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Valentim, Nirã dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
PBO
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-04042016-123742/
Resumo: O câncer de mama tem motivado pesquisas de avaliação e intervenção psicológica pelos altos índices de mulheres acometidas pela doença, por ser o segundo tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e também responsável pelo maior número de mortes. As pacientes com câncer de mama enfrentam o sofrimento psíquico com o diagnóstico e as vicissitudes do tratamento oncológico, necessitando de ajuda psicológica urgente. Definiu-se como objetivo geral desta pesquisa investigar os efeitos terapêuticos da Psicoterapia Breve Operacionalizada (PBO) no atendimento de mulheres diagnosticadas com câncer de mama e em tratamento oncológico. Como objetivos específicos este estudo pretende averiguar os efeitos da técnica da PBO nas situações-problema localizadas nos setores adaptativos e verificar a eficiência da PBO nas situações de crise adaptativa. A pesquisa foi delineada pelo método misto e as participantes foram 17 mulheres, com idade entre 30 e 65 anos, que estavam em tratamento num ambulatório de oncologia do Grande ABC Paulista. Os instrumentos utilizados foram: entrevista clínica preventiva; Escala Diagnóstica Adaptativa Operacionalizada (EDAO) para avaliação da adaptação, antes e após a intervenção psicológica breve e no follow-up; e a PBO. Os resultados mostraram na avaliação inicial que 17,5% das participantes estavam com adaptação ineficaz grave (grupo 5), 53% estavam com adaptação ineficaz severa (grupo 4), 17,5% com adaptação ineficaz moderada (grupo 3) e 13% com adaptação ineficaz leve (grupo 2), sendo que 41,2% estavam em crise adaptativa por perda; o setor Orgânico foi o mais comprometido, seguido do Afetivo-Relacional com soluções pouquíssimo adequadas. A situação-problema da maior parte das participantes estava relacionada ao câncer de mama, o que na compreensão psicodinâmica mostrou-se associada ao intenso desamparo egóico diante do adoecimento e tratamento oncológico. Na avaliação adaptativa final e follow-up, 82,4% das participantes apresentaram evolução de grupo adaptativo. Concluímos que a PBO se mostrou eficiente em todas as idades, estado civil, escolaridade, tempo de diagnóstico, fase de tratamento oncológico e tipo de cirurgia (mastectomia radical ou parcial) e a técnica da interpretação teorizada mostrou-se eficiente para a solução das situações-problema e da crise adaptativa por perda. A motivação, a aliança terapêutica e a transferência positiva foram fundamentais para as participantes no aproveitamento das sessões