"Os trilhos nas áreas urbanas: conflitos, desafios e oportunidades em dez cidades paulistas"

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Luz, Luciano Ferreira da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-07082006-211613/
Resumo: O destaque alcançado por um grupo significativo de cidades do interior do estado de São Paulo, que nas últimas décadas só foi mais reforçado pelo dinamismo econômico, evidenciou os aspectos que as projetam como pólos regionais. Nesse grupo de cidades ressalta-se a extrema urbanização, em muitas delas uma avançada conurbação com as vizinhas. Surgem aglomerações, que vão de 500 mil a mais de dois milhões de habitantes, formando uma rede de cidades que lideram o segundo maior mercado consumidor brasileiro. A atividade industrial crescente, a geração de empregos, o conseqüente crescimento demográfico e o espraiamento urbano, deram a essas cidades características de organização espacial muito própria e um sistema viário que não acompanhou esse crescimento, mais expressivo do que os das grandes capitais. Contudo, um elemento está presente em todas essas cidades e constitui um rico patrimônio histórico e, talvez, estratégico em seus futuros: a ferrovia. Nas dez maiores cidades do interior paulista, a presença marcante da velha estação e da linha férrea, que as cruzam e as dividem, são as heranças do processo de desmantelamento e total abandono da função ferroviária de transporte de passageiros de longo percurso. Quase sempre relegadas a funções acessórias no planejamento urbano, a ferrovia também esteve distante, encerrada entre seus muros, mantendo o diálogo com as cidades embaraçado ao longo do tempo. Essa pesquisa se propôs a fazer um levantamento geral desses patrimônios ferroviários, identificar suas interfaces atuais com o meio urbano, os novos agentes envolvidos na sua exploração e, principalmente, a visão e os usos pretendidos pelos municípios para as faixas ferroviárias e suas áreas lindeiras. Buscando amparo nas evoluções históricas, na análise de influências recíprocas e nas relações entre transporte e urbanismo, questiona-se a presença dos trilhos nessas áreas intensamente urbanizadas e são expostas as relações institucionais que devem ser consideradas para planejar e viabilizar o seu aproveitamento, seja pela implantação de novos equipamentos urbanos, pelo uso compartilhado de transportes ou mesmo pela sua erradicação.