Prescrição tomográfica volumétrica e a responsabilidade do radiologista na interpretação das imagens

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Handem, Roberta Heiffig
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25149/tde-29112021-104317/
Resumo: A tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) oferece um uso abrangente na prática odontológica e sua disseminação fez com que aumentasse o número de prescrições para esse exame. Há vários tipos de aparelhos de TCFC disponíveis no mercado e diversos protocolos. Campos de visão (Field of View) maiores permitem visualizar e analisar arcos completos de todo complexo maxilo-mandibular. Apesar de uma estrutura ou região específica serem o alvo principal do exame, as estruturas anatômicas a seu redor inevitavelmente são visíveis nas imagens capturadas. Nesse caso, quando uma alteração é visível, mas não é o principal motivo da realização do exame, denomina-se de achado incidental (AI). Uma pesquisa foi realizada com o objetivo de avaliar a influência de exames de TCFC em achados incidentais, resultando em um artigo. Ademais, para melhor descrever e esclarecer sua importância, um segundo artigo foi desenvolvido para atualizar e guiar cirurgiõesdentistas sobre como analisar todo o exame realizado. 100 exames de TCFC foram avaliados por um cirurgião-dentista radiologista com experiência na área. A região maxilofacial foi dividida em cinco zonas: vias aéreas e cavidade nasal (Zona 1), articulação temporomandibular (Zona 2), ossos (Zona 3), lesões dos maxilares (Zona 4), dentes (Zona 5) e avaliação de tecidos moles (Zona 6). A maioria dos exames pertence ao gênero feminino (60%). Em 82 exames, pelo menos um achado incidental foi encontrado. A maxila foi considerada o arco mais solicitado para a avaliação. Os principais motivos de prescrição de exames de TCFC foram: planejamento de implantes dentários (80,3%), dentes não-irrompidos (7,8%), fratura dentária (7,8%), enxerto ósseo (1,9%) e lesões do complexo maxilo-mandibular. A incidência de achados incidentais foi maior na Zona 5 (99 AI), seguida das zonas 1 (44 AI), Zona 6 (20 AI), Zona 2 (10 AI), Zona 3 (10 AI), Zona 4 (1). O número total de achados incidentais em todos os exames foi de 185, sendo que 55 deles necessitavam de intervenção, 24 necessitavam acompanhamento e 106 não necessitavam de acompanhamento. Os resultados mostraram um grande número de achados incidentais em exames de TCFC, ressaltando que mesmo quando uma estrutura específica é objetivada no exame, toda a área visível deve ser avaliada criteriosamente a fim de evitar a não visualização de possíveis alterações.