Precursores da arginina para matrizes suínas gestantes e lactantes em condições comerciais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Gomes, Nadia de Almeida Ciriaco
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10135/tde-23022024-104838/
Resumo: A arginina desempenha papel essencial no desenvolvimento da leitegada, mediante a melhor vascularização placentária e melhor qualidade e quantidade do colostro e do leite. No entanto, este aminoácido apresenta alguns entraves como sua meia-vida biológica curta e um alto valor de mercado, o que fundamenta o uso de alternativas como os seus precursores. À vista disso, objetivou-se neste estudo avaliar o uso de L-arginina e seus precursores, N-carbamoil glutamato e L-citrulina, em matrizes hiperprolíficas na fase de gestação e lactação sobre o metabolismo proteico, resposta hormonal, desempenho reprodutivo e desempenho da leitegada até o desmame. Foram realizados dois experimentos na gestação, um com a suplementação no terço inicial, do dia quatro ao 34, e o segundo no terço inicial e final, do dia quatro ao 34 e do dia 90 ao 110, com os tratamentos: CONT (ração de gestação da granja), ARG (ração suplementada com 1% de L-arginina), NCG (ração suplementada com 0,05% de N-carbamoil glutamato) e CIT (ração suplementada com 0,25% de L-citrulina). No período de lactação, a suplementação abrangeu 21 dias, com os mesmos tratamentos supracitados. As variáveis analisadas nas matrizes foram peso, escore de condição corporal através do caliper e ultrassonografias de carcaça. Nos estudos de gestação avaliou-se, ao parto, as quantidades de nascidos totais, nascidos vivos, natimortos e mumificados; duração de parto, peso ao nascimento e peso de placenta; também ocorreram pesagens nos dias 1, 7, 14 e 21 de vida. No experimento de lactação foram analisados o peso inicial individual, peso inicial de leitegada, peso individual e de leitegada aos 7, 14 e 21, bem como o ganho de peso diário nesses períodos. Não foram encontrados efeitos significativos nas variáveis coletadas ao parto nos dois experimentos de gestação. Contudo, no experimento com suplementação no terço inicial foram demonstrados efeitos sobre a concentração de ureia (P=0,029), tendo o NCG menores concentrações frente à ARG; a concentração de fósforo (P=0,005) com NCG e ARG apresentando menores concentrações comparado ao CIT; e também a concentração do hormônio do crescimento (GH) (P=0,005), sendo NCG superior em concentração ao CONT. No experimento com duas suplementações evidenciou-se um maior ganho de peso de leitão no grupo NCG no período de 7 a 14 dias, comparado com o CONT e ARG. No estudo da lactação foram demonstradas diferenças significativas no ganho de peso diário de leitegada nos períodos 0-7 dias, 15-21 dias e 0-21 dias, em que CIT demonstrou-se inferior aos demais. Também foram determinadas diferenças no ganho de peso diário de leitão no período de 15-21 dias, sendo o NCG superior ao CONT. Nos perfis hormonais foram evidenciados efeitos na concentração do hormônio do crescimento (GH), perfazendo maiores concentrações em ARG e NCG contrastados com o CONT; e também na concentração de insulina (P<0,05), com NCG e CIT contendo menores valores frente ao CONT. É possível inferir que a suplementação da arginina e seus precursores modularam as respostas metabólicas das fêmeas tanto na gestação quanto na lactação, como também foram eficazes em beneficiar o ganho de peso na fase de amamentação.