Comparação dos efeitos de um treinamento motor em realidade virtual realizado com e sem intervenção do fisioterapeuta sobre a função motora, o equilíbrio e a marcha de indivíduos com sequelas crônicas de AVE: um ensaio clínico randomizado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Lourenço, Mariana Armando
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5170/tde-17082021-124403/
Resumo: A hemiparesia pós-AVE leva a diferentes níveis de limitações funcionais, e a assimetria motora representa um desafio para o controle postural. A realidade virtual (RV) e exergames vem mostrando resultados positivos na reabilitação, mas ainda há muitas perguntas não respondidas - o feedback do videogame é suficiente para favorecer o controle postural simétrico ou este depende de intervenção com o feedback cinestésico do fisioterapeuta? Para responder a essa pergunta, o objetivo deste estudo foi comparar os efeitos de um treinamento motor associado a exergames realizado com e sem o acréscimo feedback cinestésico oferecido pelo fisioterapeuta, sobre a função motora, o equilíbrio e a marcha de indivíduos com sequelas crônicas de AVE. Trinta indivíduos com AVE crônico e comprometimento do equilíbrio participaram deste estudo controlado randomizado, e realizaram 14 sessões individuais de treinamento com exergame com ou sem feedback cinestésico do fisioterapeuta. O BESTest, a subescala de membros inferiores de Fugl-Meyer, o teste de caminhada de seis minutos e a escala de qualidade de vida específica para AVE foram administrados antes do treinamento, uma semana e oito semanas após o final do treinamento. Os resultados mostram que o feedback cinestésico aplicado durante o treinamento com exergame melhorou de forma diferenciada parâmetros relacionados ao equilíbrio e função dos membros inferiores (restrições biomecânicas e limites de estabilidade, que tiveram uma diminuição no grupo sem a adição do estímulo cinestésico), enquanto outros aspectos como qualidade de vida e desempenho no teste de caminhada foram aprimorados independentemente. Este estudo é o primeiro a comparar diretamente duas intervenções de equilíbrio idênticas baseadas em exergame, diferenciando-se apenas pela intervenção do fisioterapeuta oferecendo feedback cinestésico além daquele oferecido pelo videogame. O feedback cinestésico oferecido durante o treinamento motor com exergame é determinante para a melhora em certos domínios posturais importantes, que podem piorar após um treinamento idêntico sem essa forma de feedback oferecida pelo fisioterapeuta