Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Cavalcanti, Diogo de Araujo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8158/tde-31072019-125515/
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Resumo: |
Em O monstro leonino que surge do mar, estuda-se a simbologia contida em Dn 7:1 a 4. Nesse capítulo, narra-se uma visão onírica em que quatro feras monstruosas emergem de um mar agitado pelos quatro ventos do céu. A primeira a surgir é semelhante a um leão com asas de águia, as quais lhe são arrancadas, e o animal é posto em pé e recebe um coração humano. Impregnada de simbolismo, a visão é seguida de uma interpretação geral dentro do próprio capítulo, mas ainda assim oculta sentidos que convidam à investigação. Este estudo propõe uma close reading desse recorte, em uma abordagem literária e sincrônica, contemplando diversas perspectivas do debate acadêmico atual. A análise se concentra nos principais elementos simbólicos do texto, culminando na aparição da fera leonina. Trata-se de um mergulho na Bíblia Hebraica (BH), bem como na literatura e iconografia do Antigo Oriente Médio (AOM), e no próprio livro de Daniel, com vistas a iluminar o objeto de estudo. Os resultados dessa investigação identificam a relação umbilical entre a visão de Dn 7 e as narrativas dos cap. 1 a 6, em torno da temática da soberania divina. A composição da cena dos quatro ventos e o grande mar (Dn 7:1, 2) aparenta ser polissêmica e alusiva ao preâmbulo de Gn 1:2 ao mesmo tempo em que mantém evidentes conexões com sentidos encontrados nos Profetas. As feras grandes, monstruosas (Dn 7:3), têm evidentes paralelos na BH, como nações destruidoras, em especial, na tradição profética. A fera semelhante a leão com asas de águia se liga à visão de Dn 2 em que o primeiro dos quatro metais da estátua representa Babilônia. Seu hibridismo comunica a combinação de capacidades, com paralelos conceituais nos mischwesen ou seres híbridos do AOM. Sua natureza política e voracidade imperial o conectam ao motivo leonino utilizado largamente na literatura e iconografia do AOM, que servia para reforçar a ideologia real. Nos Profetas, Babilônia é simbolizada pelo leão e pela águia. Por ter asas e emergir do mar em uma limitada alusão aos mitos de combate antigos, com reflexos na BH , termina por denunciar sua natureza antidivina e cosmológica. Essa fera leonina passa por processos incapacitantes da perda de mobilidade e ferocidade, inversamente ao ocorrido com o rei Nabucodonosor em Dn 4, o que prenuncia sua derrocada e ressalta a soberania de YHWH. |