Aspectos do poder e da religiosidade no reinado de Afonso III em Portugal (1245-1279): o fortalecimento da autoridade real e a ampliação da atuação franciscana no reino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Vian, Aline Cristina de Freitas
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-14102010-105011/
Resumo: Esta pesquisa teve como objetivo estudar o processo de fortalecimento da autoridade real em Portugal no século XIII, principalmente durante o reinado de D. Afonso III (1245- 1279), e discutir como a introdução de uma nova forma de religiosidade, representada pela Ordem Franciscana, influenciou nessa questão. Partiu-se do entendimento das relações sociais, políticas e religiosas da sociedade e de suas modificações ao longo dos reinados de Afonso II (1211-1223) e Sancho II (1223-1245), que geraram as pré-condições que possibilitaram a atuação de Afonso III. Em Portugal, na primeira metade do século XIII, houve uma grande mudança na forma de aplicação da justiça, com a substituição do uso do direito consuetudinário pelo direito canônico. Novas formas de religiosidade, como a pregada pelos frades menores, adentraram ao reino, atraindo fiéis, inclusive de outras observâncias religiosas e tornando-se uma importante força política. Além disso, as relações entre a realeza e a aristocracia tradicional (formada por nobres das antigas linhagens e por membros com altos cargos eclesiásticos) foram abaladas por divergências envolvendo bens, privilégios e jurisdições. Afonso III foi um rei com grande poder de articulação política, que soube utilizar a conjuntura a seu favor. Remodelou a estrutura administrativa e consolidou importantes acordos políticos com Castela e com membros dos grupos sociais ascendentes (como a nobreza de origem recente e os franciscanos e dominicanos) que, como ele, buscavam expandir seu poder e suas áreas de influência na sociedade. Uma das principais consequências dessas ações foi o fortalecimento da autoridade real juntamente com uma forte ampliação da atuação franciscana no reino.