Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Damasceno, Mariane |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8163/tde-10072020-213034/
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Resumo: |
Nossa pesquisa teve como objetivo estudar o desenvolvimento das capacidades de linguagem de aprendizes de francês, em nível B2 (CONSEIL DE LEUROPE, 2008 [2001]), necessárias para a escrita argumentativa, por meio do gênero carta de protesto e solicitação. As justificativas de nosso objeto de estudo são três: 1) das quatro habilidades trabalhadas em cursos de FLE, a escrita é a que menos é contemplada didaticamente e a que mais parece necessitar de melhores estratégias de ensino-aprendizagem (ROCHA, 2014); 2) alinhada às constantes inovações tecnológicas, a escrita tem ganho usos que justificam a necessidade de se estudar como melhor desenvolvê-la para esses usos em curso de FLE (BRAGA, 2014) e; 3) para trabalhar a escrita argumentativa no nível B2, a escolha dos gêneros carta de protesto e solicitação parece adequada pelo seu uso social e escolar. Baseamo-nos, para isso, nos pressupostos teóricos do Interacionismo sociodiscursivo, que propõe um modelo de análise textual para estudar os diferentes gêneros (BRONCKART, 2003 [1997]) e em seus desdobramentos didáticos, com os conceitos de Modelo Didático (MD) e de Sequência Didática (SD). Esses conceitos permitem tomar os gêneros como instrumentos, a fim de desenvolver as capacidades de linguagem dos alunos e permitir a estes melhor conhecimento sobre gêneros textuais e seus usos sócio-históricos (SCHNEUWLY; DOLZ, 2013 [2004]). Para atingir nossos objetivos, construímos um MD e uma SD do gênero carta de protesto e solicitação, aplicamos a SD em um curso de extensão de francês oferecido a adultos da comunidade interna e externa de uma universidade brasileira, coletamos suas produções iniciais e finais e fizemos uma análise do desenvolvimento de suas capacidades de linguagem. Além disso, para compreender a atuação da professora e o papel da SD, realizamos um diário de bordo de forma a analisar a influência deles para o desenvolvimento das capacidades de linguagem dos alunos. Os resultados mostraram que tanto o material didático, quanto as ações e ajustes mobilizados pela professora-ministrante, durante a aplicação da SD, serviram de instrumentos para o desenvolvimento das capacidades de linguagem dos participantes, evidenciando, assim, o papel do professor e do material didático na promoção das aprendizagens. |