Representações sociais e injustiça ambiental: o gerenciamento de riscos no Conjunto Heliópolis-Gleba L-SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Rodrigues, Leticia Stevanato
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/106/106132/tde-08092020-144140/
Resumo: Esta pesquisa objetivou investigar o processo de gerenciamento de risco empreendido no Conjunto habitacional Heliópolis Gleba L, que foi construído sobre um solo contaminado no município de São Paulo, o que configurou uma situação de risco à população moradora. Além disso, a pesquisa buscou compreender como o gerenciamento de risco foi comunicado e compreendido pelos moradores do local por meio do acesso e análise de suas representações sociais. Para isso, foi desenvolvido um estudo de caso do Conjunto Heliópolis constituído de revisão de literatura, análise de documentos sobre o processo de gerenciamento de risco e aplicação de entrevistas a moradores da área e a técnicos da COHAB-SP e do órgão ambiental estadual. Os resultados indicaram que o processo de comunicação e gerenciamento de risco adotado para a área não permitiu aos moradores compreender a extensão e a magnitude da situação de risco e evidenciaram que a maioria dos entrevistados não tem ciência desses aspectos. A análise do gerenciamento de risco e das representações sociais da população moradora revelou a predominância de pouco espaço para a efetiva participação dos moradores no gerenciamento. Os resultados da pesquisa revelaram a imbricação entre as dinâmicas de discriminação social, de exclusão social aos espaços urbanos saudáveis e de destituição de saberes e de alternativas locais para o enfrentamento da situação de risco no Conjunto Heliópolis. Essa junção conforma o que se denominou como condicionante sócio-histórica da injustiça ambiental no Conjunto Heliópolis, que se institui por dinâmicas de exclusão social presentes no âmago da estruturação da sociedade brasileira e da produção do espaço urbano paulistano.