Produção, composição do leite e desempenho reprodutivo de ovelhas Santa Inês alimentadas com rações contendo óleo de canola ou linhaça

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Nolli, Cristine Paduan
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-29052012-091050/
Resumo: O objetivo neste trabalho foi avaliar o efeito da adição de óleo de canola (OC) ou linhaça (OL) na dieta de ovelhas em lactação sobre o consumo, produção e composição química do leite e desempenho reprodutivo com sincronização do estro. No experimento I, 33 ovelhas da raça Santa Inês receberam os óleos que foram adicionados a uma ração base contendo 50% de volumoso (feno de Cynodon dactylon). As dietas experimentais foram: Controle sem adição de óleo; Canola adição de 3% de OC (%MS) e Linhaça - adição de 3% de OL (%MS). Uma vez por semana, as ovelhas foram ordenhadas mecanicamente, num intervalo de 3h e o leite da segunda ordenha foi amostrado para determinação da composição química e do perfil de ácidos graxos (AG). A colheita de sangue para determinação sérica de AG não esterificados (AGNE) foi realizada a cada duas semanas. A produção e composição química do leite não diferiu entre as dietas, porém o consumo de matéria seca (CMS) e nutrientes diminuiu nos animais alimentados com as dietas com óleos e a concentração de AGNE no sangue aumentou. O fornecimento de óleos diminuiu a concentração de AG de cadeia curta e aumentou os de cadeia média e longa, AG insaturados totais, mono e poliinsaturados, a quantidade de ácido linoleico conjugado (CLA) total e AG da família n-3 na gordura do leite. A dieta controle apresentou os maiores valores de AG saturados, indice de aterogenicidade e atividade da enzima 9-dessaturase. A adição de 3% de óleo rico em oleico ou linolênico não afetou a produção de leite e o desempenho das crias. No experimento II, 222 ovelhas foram distribuídas, de acordo com o peso e a condição corporal, em 3 grupos. Os óleos utilizados foram os mesmos do Experimento I, entretanto a dieta basal continha 40% de bagaço de cana-de-açúcar como fonte de volumoso. As dietas experimentais foram fornecidas 45 dias antes da sincronização do estro cujo protocolo consistiu na inserção vaginal de dispositivo com progesterona (D0) por 5 dias, aplicação i.m. de eCG (1,5 mL), prostaglandina (2,0 mL) e colocação dos carneiros no 5o dia. No D0 foram coletados dados de peso corporal das fêmeas. O horário da retirada (D5) foi anotado e a observação de estro teve duração de 72h imediatamente após a retirada do dispositivo vaginal. O repasse iniciou-se no D16 e teve duração de 13 dias. Não houve influência das dietas sobre o peso corporal e no número de crias por fêmea. As taxas de apresentação de estro, de prenhez durante a observação de estro e durante o repasse não sofreram influência das dietas, assim como o tempo (h) para a apresentação de estro. A taxa de prenhez total foi superior nos animais que receberam a dieta controle e inferior naqueles que receberam OL. A suplementação com fontes de óleo rico em ácido oleico ou linolênico não melhorou os índices reprodutivos de ovelhas da raça Santa Inês.