Desenvolvimento de genossensor para a detecção precoce de câncer de cabeça e pescoço

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Carr, Olivia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18158/tde-21012020-114235/
Resumo: A detecção precoce do câncer aumenta as chances de cura, mas infelizmente o diagnóstico em geral se dá após a doença ter se espalhado e atingido diferentes órgãos e tecidos. Este trabalho visa a desenvolver genossensores para detectar câncer de cabeça e pescoço em estágio inicial. Obteve-se um genossensor preciso, rápido e de baixo custo com unidades sensoriais consistindo em sondas de DNA de fita simples. Estas sondas são imobilizadas em eletrodos de ouro modificado por monocamada automontada (SAM) de ácido mercaptoundecanóico (MUA). A otimização das condições de fabricação dos sensores e a caracterização foram feitas com diferentes técnicas, incluindo espectroscopia de absorção e reflexão no infravermelho com polarização modulada (PM-IRRAS), espectroscopia de geração de soma de frequência (SFG) e medidas de ângulo de contato. A detecção foi feita com espectroscopia de impedância eletroquímica, com clara distinção entre amostras de DNA com sequência complementar à sonda, indicativo de câncer. Além disso, amostras de células com DNA não complementar puderam ser distinguidas das células com alto grau de metilação na linhagem HN13 (97% de metilação), verificando-se a seletividade. O genossensor é sensível com baixo limite de detecção (0,24 pM) em uma faixa de concentração linear entre 1,0 × 10-11 e 5,0 × 10-8 M e entre 1,0 × 10-8 e 1,0 × 10-6 M (277 pM). As amostras com diferentes concentrações da sequência complementar e diferentes células puderam ser separadas em projeções multidimensionais com a técnica interativa para visualização de documentos (IDMAP). A matriz e os procedimentos de imobilização podem ser estendidos para imobilizar sondas de DNA na fabricação de genossensores para outros tipos de câncer. Verificou-se, após uma série dessas tentativas, que a maior dificuldade em obter um genossensor é garantir que a matriz para imobilização da sequência de DNA (probe) seja adequada, principalmente no que concerne à organização do filme nanoestruturado que serve para acomodar os DNAs.