Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Monteiro, Elisabete Aparecida |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-19102012-101340/
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Resumo: |
A certeza da existência de um domínio que garanta o bem fazer, apoiada na lógica do discurso universitário, caracteriza a pretensa Pedagogia Científica da atualidade. A demanda pelas teorias psicológicas (especialmente, as do desenvolvimento), o professor reflexivo (racional e explicativo) e o espaço conferido aos recursos tecnológicos vêm servir à lógica que anima o discurso pedagógico. A maneira de a pedagogia compreender a educação, como aplicação dos princípios científicos que permitem o controle da aprendizagem, observa um racionalismo-cientificista, resistente à idéia de não saber inerente à relação do sujeito com o desejo, noção revelada pela psicanálise. A resistência à aceitação dessa impossibilidade por parte daqueles impregnados do discurso pedagógico, bem como de um grupo maior de racionalistas-cientificistas, é explicada no fato de que o desejo sempre se revela après coup, então, reclama a renúncia à ideia clássica de controle e previsão. O problema da Educação passa pela palavra e pelo fato de que o sujeito (falante ou ouvinte) está, por princípio, implicado em todo ato. A verdade da palavra, então, permite compreender a natureza da impossibilidade estrutural que a psicanálise descortina. Ela se relaciona com uma realidade inequívoca: a fala mediada pelo Outro. Portanto, em última instância, é o desejo que fala. Em linhas gerais, os educadores devem extrair, essencialmente, duas contribuições da experiência com a teoria freudiana, sendo que a primeira abre caminho para a segunda: o conhecimento da constituição infantil e sobre si mesmos. No entanto, perseguindo uma relação de causalidade entre os meios pedagógicos utilizados e a previsão dos resultados, a pedagogia mantém-se resistente à noção de que o inconsciente possui um peso maior do que as intenções conscientes do educador. A psicanálise possibilita compreender que sustentar a transmissão significa suportar, subjetivamente, a angústia de uma posição discursiva que 7 exige a renúncia da onipotência narcísica e dos ideais de grandeza e de perfeição. Por isso, em oposição aos métodos (ao padrão), pode-se refletir sobre a questão do estilo na tarefa de cada educador. O discurso pedagógico mantém a instituição educativa suspensa na ilusão. Seria necessário, portanto, renunciar a essa espécie de sustentação e dar lugar à realidade, lembrando Freud, ou, como a psicanálise permite ver, às infinitas faces da verdade. A pesquisa ora apresentada tenciona demonstrar que a especificidade e a legitimidade do ensino da psicanálise a educadores repousa nas condições que vem oferecer para o resgate do sentido atualmente perdido da educação. |