Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Mourão, Maria Ludmila Antunes de Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48138/tde-31052022-105648/
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Resumo: |
Esta pesquisa traz uma análise do Politicamente Correto na Infância, tecida pela articulação entre sujeito e linguagem, a partir da teoria psicanalítica, considerando sua posição anti-segregativa, ao se propor a acolher as ambivalências de cada sujeito. Para tanto, fez-se necessário defini-lo por uma série de adaptações de materiais infantis, como músicas, literatura, desenhos, brinquedos e brincadeiras, os quais pretendem estimular habilidades ou combater comportamentos, pautados em ideias generalistas e causais, que visam a comportamentos padronizados, em detrimento da dimensão pulsional e singular. Realizou-se um levantamento desses materiais, sendo analisado sob duas vertentes: a de lalíngua, verificando como essa está colocada na infância, como a linguagem chega ao humano, via constituição psíquica, o quanto o politicamente correto se distancia dela e as implicações desse fato. Outra vertente da análise é a do inconsciente como Outro social, na qual se investiga onde o politicamente correto está subsidiado, trabalhando com a hipótese de que esse é um sintoma do discurso pedagógico, o que se desdobra em sintoma do contemporâneo. Localizou-se ao longo da pesquisa e de formas diferentes, como sintoma, o paradoxo que ele porta. Em nome da inclusão de causas, da defesa de grupos, esse retira, forclui termos, aspectos da língua, que abalam a própria estrutura da linguagem e da língua, retirando dessa justamente a diversidade e a singularidade que ela carrega. Assim, funciona em um circuito fechado, produz estereótipos e tipificações, que, paradoxalmente, produzem a segregação como forma de gozo. Não há o reconhecimento de lalíngua, da dimensão pulsional, ficcional, da constituição psíquica, tão central, sobretudo, na infância. Dessa forma, há um rechaço ao infantil, ao que é da pulsão que se manifesta na linguagem. O que propomos neste trabalho é justamente o contrário: dar lugar ao infantil da infância, para que, por meio disso que é pulsional, que é vivo, algo novo possa advir. O infantil como recurso para deixar falar a diferença, os paradoxos, o indizível, o não calculado, o não idêntico. |