Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Avelar, Juliana Maria de Paula |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-04072018-134531/
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Resumo: |
O tratamento radioterápico é considerado como uma das modalidades terapêuticas padrão para os cânceres de cabeça e pescoço, cujo objetivo é controlar a evolução do tumor com o menor dano possível aos tecidos e órgãos normais adjacentes, porém, apesar de apresentar a vantagem de preservar a estrutura dos tecidos, pode acarretar reações adversas que se manifestam na cavidade oral, e também efeitos colaterais físicos generalizados, sendo a fadiga o mais comum. Objetivo: avaliar a efetividade da Prática Integrativa e Complementar - Relaxamento com Visualização Guiada, sobre a redução do sintoma de fadiga e melhora da Qualidade de Vida Relacionada à Saúde, durante o tratamento radioterápico. Método: estudo quantitativo, quase-experimental, de corte longitudinal e prospectivo, com a participação de 102 pacientes em início de tratamento radioterápico, com a alocação intencional em dois grupos, o de Intervenção (n=42) e o de Comparação (n=60). Apenas os participantes do Grupo Intervenção realizaram a prática de relaxamento com visualização guiada durante o tratamento radioterápico, porém, todos os participantes responderam aos questionários de avaliação. Foram utilizados os questionários de Qualidade de Vida Relacionada à Saúde (FACT H&N) e a Escala de Fadiga de Piper Revisada. A prática de relaxamento com visualização guiada foi aplicada pela pesquisadora do estudo, por meio de uma gravação de áudio contendo comandos verbais, os quais guiavam o paciente para a realização da prática. Para avaliar o efeito da intervenção entre os grupos intervenção e de controle, foi utilizada a técnica de regressão logística multinomial, estimando razões de chance (odds ratios) por pontos e respectivos erros-padrão (Ep). Resultados: na etapa descritiva dos dados sociodemográficos e clínicos, evidenciou-se a predominância do sexo masculino, faixa etária entre 41 e 60 anos, baixo nível de escolaridade, aposentados, católicos, em uso regular de álcool e tabaco, câncer de orofaringe, em estádio IV. Foram evidenciadas diferenças estatisticamente significativas entre os grupos em relação às variáveis procedência, estado civil e \"tipo de cirurgia\" e os valores-p foram, respectivamente, p=0,000, p= 0,002 e p=0,027. Na etapa analítica evidenciou-se que o relaxamento com visualização guiada mostrou-se efetivo em especial para os domínios global, comportamental e sensorial na segunda aplicação (T2), e afetivo e sensorial na terceira aplicação (T3), levando à redução do sintoma de fadiga, e quanto à Qualidade de Vida Relacionada à Saúde não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos. Conclusão: os resultados demonstraram que o relaxamento com visualização guiada não teve efeito na melhora da Qualidade de Vida Relacionada à Saúde durante o tratamento radioterápico nos pacientes com câncer de cabeça e pescoço, mas reduziu os níveis de fadiga. Trata-se de uma prática de baixo custo, a qual mostrou-se efetiva na redução do sintoma de fadiga, portanto, seu uso deve ser divulgado na prática dos cuidados aos pacientes oncológicos |