Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Rocco, Fernando Viana de Carvalho |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-18042018-152430/
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Resumo: |
No campo da prevenção ao HIV, a maior parte dos esforços se dedica as pessoas soronegativas que nos programas e pesquisas aparecem como sinônimo de todos. A noção de Prevenção Positiva produzida no âmbito da resposta brasileira , por outro lado, considerou que as PVHA também necessitam de cuidados preventivos únicos. A presente dissertação se propõe a examinar a produção científica que descreve intervenções de prevenção positiva, bem como as suas possíveis contribuições na resposta à epidemia de HIV/AIDS, analisadas na perspectiva informada pelo quadro das vulnerabilidades e dos direitos humanos, que possibilitou a produção de uma noção singular de prevenção positiva ao longo da 3a década de epidemia. Para tanto, utilizamos como método de pesquisa a revisão de escopo (scoping review) que permitiu sintetizar o conhecimento sobre intervenções de prevenção positiva disponibilizadas nas bases de dados escolhidas (CINAHL, ERIC, Lilacs, MedLine, PsycInf, Scopus, Web of Science e Google Acadêmico). Dos 700 artigos recuperados, foram selecionados 15 artigos, a partir dos critérios de busca. Entre outros achados, os estudos confirmaram o entendimento de que, historicamente, a prevenção do HIV se constituiu no campo sócio-comportamental. Não à toa, as intervenções centraram-se quase inteiramente na prevenção da transmissão do HIV e controle da epidemia, não no bem-estar das pessoas vivendo com HIV. Discutimos que as intervenções disponíveis na literatura, apesar da esperada inovação cunhada como prevenção positiva, sustentam a mesma prioridade de proteger as pessoas HIV negativas de serem infectadas por seus parceiros HIV positivos e perdem a oportunidade de inovar programas existentes, a partir do momento que não levam em conta os contextos diferentes de vulnerabilidade social e ação programática, que excluem os marcadores de [8] desigualdade (como classe ou gênero) e os projetos de cada pessoa vivendo com HIV na sua vida cotidiana e sua vulnerabilidade pessoal. Defendemos a maior produtividade de uma concepção que supere esse modelo que leva à culpabilização das PVHA e à sobreposição de estigmas que enfrentam, para fortalecer uma noção de prevenção solidária e compartilhada realizada em intervenções de prevenção positiva balizadas pela atenção integral à saúde e pela defesa e promoção dos direitos humanos das pessoas afetadas pela AIDS |