Efeitos da anóxia neonatal em ratos wistar, no desenvolvimento somático, metabolismo energético e circuitos hipotalâmicos relacionados.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Ochoa, Natalia Andrea Cruz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42131/tde-03042019-090539/
Resumo: O déficit de oxigênio no neonato recém-nascido é denominado anóxia, asfixia, hipóxia, ou hipóxia-isquemia neonatal. Esta condição atinge a 0,24% dos neonatos a termo, 0,51% dos prematuros e aproximadamente 60% dos prematuros de baixo peso. A anóxia neonatal pode ocasionar consequências a longo prazo, como déficits cognitivos e comportamentais, epilepsia e inclusive paralisia cerebral (14,5%). No entanto, pouco se tem estudado acerca das alterações metabólicas e de longo prazo ocasionadas por este estimulo. Desta forma, o objetivo deste trabalho é avaliar os efeitos da anóxia neonatal no crescimento somático, metabolismo energético e núcleos hipotalâmicos relacionados. Para tal fim, foi induzida anóxia neonatal em ratos Wistar (P2), avaliado o crescimento somático e a ingestão alimentar até P90. Além disso, foi estudada a resposta ao estimulo de jejum agudo e de realimentação, quanto aos parâmetros de: perda e ganho de peso, ingestão alimentar, níveis de leptina, insulina e glicemia, áreas das ilhotas de Langerhans e expressão da proteína Fos nos núcleos hipotalâmicos ARC, VMH, DMH e PVN. Como resultado, a anóxia neonatal modificou o peso corporal na idade adulta, sem afetar a ingestão alimentar diária, sugerindo que a diferença de peso é consequência de um desequilíbrio energético. Ademais, alterou a resposta ao estimulo de jejum e de realimentação, modificando a secreção de leptina e insulina, a perda de peso, a ingestão alimentar pós-jejum, o tamanho das ilhotas de Langerhans e a expressão de Fos no ARC. Estes resultados em conjunto, sugerem que a anóxia neonatal foi capaz de alterar o metabolismo energético dos ratos Wistar, repercutindo no desenvolvimento somático.