Efeitos do sistema de resfriamento adiabático evaporativo em free-stall sobre a produção, fisiologia, comportamento e ocorrência de mastite em vacas em lactação.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Arcaro, Juliana Rodrigues Pozzi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74131/tde-07042006-140151/
Resumo: O trabalho teve como objetivo avaliar a eficiência do sistema de resfriamento adiabático evaporativo (SRAE), acionado em diferentes horários, em instalação do tipo free-stall e a interação entre o ambiente e a ocorrência de mastite bem como seus reflexos nas respostas produtivas, fisiológicas e comportamentais de vacas em lactação. Foram utilizadas 28 vacas em lactação, multíparas, das raças Holandesa Preta e Branca e Parda Suíça, com produção média diária de 23 kg de leite/animal por dia distribuídas em um delineamento inteiramente casualisado. O período experimental de 56 dias teve início em 20 de janeiro de 2003. Os tratamentos foram: controle (sem SRAE); Dia (SRAE acionado das 7 às 19 h); Noite (SRAE acionado das 19 às 7 h) e 24 horas (SRAE acionado durante 24h). Os equipamentos foram acionados toda vez que a temperatura atingiu 22ºC. A temperatura de bulbo seco (TBS), umidade relativa do ar (UR) e a temperatura de globo negro (TGN) foram mensuradas ao longo das 24 horas. A freqüência respiratória (FR), a temperatura retal (TR) e temperatura do pelame (TP) foram tomadas duas vezes por semana às 7, 13 e 21 h. A ordenha foi realizada às 7 e às 19 h. Amostragens semanais de leite e sangue foram realizadas para análise da composição do leite (gordura, proteína, lactose e contagem de células somáticas) e determinações hormonais de cortisol, tiroxina (T4) e triiodotironina (T3). Para análise comportamental foram observadas, semanalmente, as atividades (ingestão de água, alimento, ruminação e ócio, em pé ou deitada) de cinco animais de cada tratamento, por um período de 24 horas, em intervalos de 10 minutos. Para avaliação da ocorrência de mastite clínica e subclínica foram feitos exames semanais de TAMIS (caneca de fundo preto) e California Mastitis Test (CMT). Foram colhidas amostras de leite de todos os quartos para identificação microbiológica dos agentes causais da mastite. A climatização do free-stall utilizado no tratamento dia conseguiu manter a temperatura dentro da faixa de termoneutralidade até as 12 h, mas a partir da 17 h a TBS do tratamento dia foi significativamente maior que o tratamento controle e 24 horas. As TGN, UR e ITU permaneceram acima da termoneutralidade. Foi observada uma correlação linear positiva entre a temperatura retal e as TP. Nos animais do tratamento controle os níveis de cortisol encontravam-se acima dos níveis normais. O consumo de matéria seca dos animais submetidos ao tratamento noite foi maior (P<0,05), entretanto, isso não refletiu na produção de leite. Os animais do tratamento controle e 24 horas permaneceram o menor tempo se alimentando, gastaram mais tempo em ócio, e levaram menos tempo ruminando. Na fase pré-experimental a maior freqüência de isolamento bacteriano foi para Staphylococcus coagulase negativa. No tratamento noite e dia, houve uma diminuição na proporção de casos positivos de mastite subclínica da fase pré-experimental em relação à última semana da fase experimental. Na última semana da fase experimental houve uma diminuição de Staphylococcus coagulase negativa e aumento da ocorrência de Corynebacterium sp.