No labirinto da memória: fabricação e uso político do passado de Mossoró pelas famílias Escóssia e Rosado (1902-2002)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Falcão, Marcilio Lima
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-14082018-145756/
Resumo: Este estudo traz uma análise da fabricação e uso do passado como estratégia de poder das Famílias Escóssia e Rosado, em Mossoró, no período de 1902 a 2002. A investigação foi realizada a partir de inúmeras fontes, dentre as quais obteve destaque a imprensa, especialmente o jornal O Mossoroense, em cujas páginas o passado da cidade foi sendo construído a partir da seleção de dois acontecimentos: o 30 de setembro de 1883 (data em que a cidade aboliu a escravidão local) e o 13 de junho de 1927 (quando a cidade resistiu ao ataque do bando de cangaceiros liderados por Lampião). O objetivo foi, pois, compreender a incorporação desses acontecimentos ao calendário cívico municipal e a sua transformação em comemorações públicas, tomando como referência as narrativas presentes nos jornais, cordéis, fotografias e obras dos intelectuais da cidade ligados à editora Coleção Mossoroense. Por meio dessa documentação procurou-se entender como as narrativas sobre o passado mossoroense, presentes nas comemorações, correspondem a um enquadramento de memória imprescindível ao agenciamento e veiculação da imagem política das Famílias Escóssia e Rosado como construtoras desse passado.