Análise do progresso temporal e variáveis climáticas associadas à vassoura-de-bruxa (Crinipellis perniciosa) do cupuaçuzeiro (Theobroma grandiflorum) (Willd. ex. Spreng) Schum

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2000
Autor(a) principal: Nunes, Angela Maria Leite
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-20200111-150013/
Resumo: Apesar da importância da vassoura-de-bruxa (Crinipellis perniciosa) (Stahel) Singer)) do cupuaçuzeiro (Theobroma grandiflorum (Willd. Ex. Spreng)), pouco ou quase nada se conhece sobre o progresso da mesma, o efeito do clima sobre a doença e o cicio das relações patógeno-hospedeiro. Em vista disso, elaborou-se o presente trabalho com os seguintes objetivos: analisar o progresso temporal da vassoura-de-bruxa em órgãos vegetativos e reprodutivos do cupuaçuzeiro; estudar a correlação canônica entre as variáveis climáticas e a emissão de vassouras-de-bruxa, em órgãos vegetativos e reprodutivos; estudar a correlação canônica entre as variáveis climáticas e a produção de basidiocarpos em vassouras-de-bruxa necróticas vegetativas e reprodutivas. Os ensaios foram conduzidos no campo experimental do Embrapa Amazônia Oriental, em Belém/PA. O progresso temporal da vassoura-de-bruxa do cupuaçuzeiro foi monitorado contando-se o número de lançamentos e de flores com sintomas da doença e a produção de basidiocarpos. Modelos epidemiológicos foram empregados para descrever o progresso da doença (logístico+logístico, gompertz+gompertz, logístico e gompertz). Por meio de análise canônica estudou-se a correlação entre variáveis climáticas e a emissão de vassouras-de-bruxa e a produção de basidiocarpos em vassouras-de-bruxa necróticas provenientes de lançamentos e flores. Os resultados mostraram que os modelos logístico+logístico e logístico apresentaram bom ajuste aos dados. O início da epidemia esteve geralmente associado ao período seco (produção de vassouras) e a produção de basidiocarpos ao período chuvoso. A maior emissão de vassouras-de-bruxa basidiocarpos, ao período chuvoso ocorreu entre julho a outubro e a maior produção de basidiocarpos ocorreu entre maio e julho URMAXS (umidade relativa máxima semanal) e TMAXS (temperatura máxima semanal) correlacionaram-se melhor com a intensidade da doença. Por outro lado, URMEDD (umidade relativa média diária), URMAXD (umidade relativa máxima diária) e TMEDD (temperatura média diária) correlacionaram-se melhor com a produção de basídiocarpos. As mais importantes fontes de inoculo do C. perniciosa foram asvassouras-de-bruxa secas necróticas, provenientes de lançamentos, e é para essas que se deve direcionar o controle da doença. A remoção das vassouras-de-bruxa deve ocorrer em setembro-outubro, antes do início da estação chuvosa, e em fevereiro-março, junto com a poda de condução e limpeza das árvores.